Dia do Servidor Público tem protestos
No RS, Dia do Servidor Público tem protestos contra o governo do Estado
Nesta terça-feira (28), Dia do Servidor Público, entidades representantes de categorias do funcionalismo público protestaram contra o governo do Estado. Em Porto Alegre, o Sindicato das Professoras(es) e Funcionárias(os) de Escola do RS (Cpers) reuniu seu 38º e 39º núcleos em frente à 1ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) em ato contra o governador Eduardo Leite e a secretária de Educação Raquel Teixeira.
Entre as principais reivindicações estão o reajuste de salários e a aprovação do piso salarial para funcionários públicos. Em âmbito nacional, pedem a retirada da Reforma Administrativa do Congresso Nacional.
O protesto contou com falas das dirigentes dos núcleos e de Jussara Borges, da direção estadual do sindicato. Também teve participação de funcionárias, funcionários e professores, que denunciaram a dificuldade do seu cotidiano como servidores no Rio Grande do Sul. Ainda, o Cpers promoveu uma ocupação da Coordenadoria.
“Fizemos uma entrada surpresa, já que a porta estava aberta”, conta Neiva Lazzarotto, coordenadora do 39º Núcleo do Cpers. “O coordenador tinha passado pelo grupo, entrou sem se dirigir, sem cumprimentar, nada. E entramos, fizemos uma ocupação relâmpago, subimos as escadas ali do térreo, as primeiras escadarias”.
Durante a ocupação da CRE, os manifestantes gritaram palavras de ordem. Ao fim, o coordenador da 1ª CRE, Rodrigo França, se dirigiu ao grupo criticando a ocupação e discutiu com Neiva.
“Quando a gente foi saindo, teve uma discussão entre eu e ele. Ele dizendo que nos tratam com cortesia e eu respondi que com cortesia tudo bem, mas o problema é que atacam os trabalhadores, geram um sofrimento aos trabalhadores”, diz Neiva. “Nisso eles são muito duros. São finos no trato, mas duros contra os trabalhadores sobre os direitos, as condições de trabalho e a dignidade”.
“O que nos irrita é a política. O que nos irrita é o sofrimento que a política implementada pelo governo Eduardo Leite e pela secretária Raquel Teixeira”, afirma Neiva.
Outra categoria também foi às ruas nesta terça para protestar contra o governo do Estado. A ASTAP RS (Associação dos Técnicos Administrativos do Estado do Rio Grande do Sul) realizou um ato público de repúdio à condução do governo em relação ao vale-refeição dos servidores do Executivo.
O protesto teve como principal alvo a política de benefícios do Estado. Segundo a ASTAP, a maioria dos servidores técnicos e administrativos enfrenta graves dificuldades financeiras, com salários líquidos que não ultrapassam R$ 2.500, e recebem um vale-refeição de R$ 426,92, considerado insuficiente para a associação.
Na semana passada, o governo anunciou um aumento no vale-refeição. O novo valor apenas foi reajustado à inflação de 6,73%, relativa ao período entre maio de 2024 e setembro de 2025. O governador também prevê uma nova correção inflacionária para o auxílio, que passará a R$ 445,19 a partir de outubro de 2026.
“A decisão de conceder o mesmo valor de vale-refeição a um Procurador do Estado, que recebe cerca de R$ 40 mil líquidos, e a um servidor que mal chega a R$ 3 mil é um retrato da injustiça e da falta de sensibilidade social”, afirma a entidade em nota. “Trata-se de uma medida que aprofundou as desigualdades internas no serviço público e ignora completamente as condições de vida de quem realmente precisa desse auxílio para garantir o básico”, complementa.
Em apoio à ASTAP, a Associação dos Servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (ASSEMA-RS) divulgou uma nota de repúdio afirmando que o valor do benefício “já nasceu defasado” e recomendando que o valor deve girar em torno dos R$ 650,00.
“Ao invés disso o governo anunciou apenas R$ 26 de reajuste, ou seja, cerca de 10% do que era minimamente aguardado, o que soa como um deboche para os servidores públicos”, aponta a ASSEMA-RS.
FONTE:
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DE NEIVA LAZZAROTTO
"SE TIRAM A NOSSA PAZ, TIRAMOS O SEU SOSSEGO!"
Forte Protesto de Funcionári@s de Escolas Estaduais de Porto Alegre, na manhã do DIA DO(A) SERVIDOR(A), ecou dentro da 1ªCRE.
Colegas relataram, no carro de som, as "dores" de viver com baixos salários e alto endividamento. Sobrecarga de trabalho, adoecimento, assédio da CRE/SEDUC.
Batemos panelas contra o reajuste de míseros *R$ 0,89 CENTAVOS/DIA do vale-refeição.* O desrespeito. A ameaça de Reforma Administrativa.
*Foi forte a participação de Colegas do 39° Núcleo do CPERS, com o 38° Núcleo.* Presença da Direção Estadual, através dos Diretores Jussara Borges e Leandro Parise.
*"Ocupação Relâmpago" da 1ª CRE*, ao final do ato, irritou o Coordenador Rodrigo França. Mas, ele, a Secretária Raquel Teixeira e o Governador Eduardo Leite - inimigos dos trabalhadores - tiram o sono e a saúde de milhares de Colegas.
