Diretrizes para retorno às aulas
Portaria estabelece diretrizes nacionais para retorno às aulas presenciais da educação básica
Marcelo Queiroga disse que aulas podem voltar com segurança
Ministros assinaram portaria interministerial nesta quarta-feira | Foto: Reprodução / Twitter / CP
Os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Educação, Milton Ribeiro, assinaram na tarde desta quarta-feira uma portaria interministerial que estabelece diretrizes nacionais para o retorno às aulas presenciais da educação básica. Os protocolos ocorrem na semana em que vários estados e cidades liberaram o retorno do ensino presencial, diante da queda das médias de novos casos e mortes por Covid-19.
Em seu discurso, Queiroga tranquilizou a população ao dizer que há "certeza de que as aulas podem voltar de maneira segura". "As crianças têm sido muito penalizadas, nós sabemos que o advento da tecnologia traz a possibilidade de aulas à distância, mas uma aula à distância nunca vai suprir as aulas presenciais, sobretudo no ensino básico. As crianças não têm ali só as lições, elas têm a segurança alimentar, elas têm uma relação interpessoal. Por isso que todo mundo tem se voltado com muita atenção à necessidade do retorno às aulas presenciais."
Para o ministro, não é imprescindível que todos os profissionais das escolas já estejam vacinados. Ele disse que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) já entendeu que "a vacinação dos professores não é imperiosa para o retorno às aulas, tampouco a vacinação dos alunos". "A educação é tão importante, o retorno às aulas é tão importante que todas as autoridades mundiais já chegaram à conclusão de que devemos voltar à aula, fazer protocolos seguros e avançar nas outras agendas. Não quer dizer que não tenhamos compromisso com a campanha de imunização."
O Ministério da Saúde já enviou vacinas suficientes para a primeira dose dos profissionais da educação básica, afirmou o ministro, além de ter disponibilizado aproximadamente R$ 500 milhões para que as escolas se adequem às medidas de higiene e distanciamento. Na avaliação de Queiroga, a redução dos casos e a contratação de mais de 600 milhões de doses de vacinas para este ano são fatores que contribuem para a retomada do ensino presencial.
Ele voltou a dizer que todos os brasileiros acima de 18 anos já terão recebido a primeira dose até setembro e que 50% deles estão com a imunização completa. "Não diria que devemos baixar a guarda, mas no último mês tivemos uma queda de 40% no número de casos e 40% no número de óbitos", observou ao citar um "ambiente sanitário hoje mais confortável".