Edital livros do MEC
MEC RETIRA EXIGÊNCIA DE QUE LIVROS DIDÁTICOS SIGAM ‘PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS’
Ministério da Educação modificou trecho de edital para compra de livros
O ministro da Educação, Abraham Weintraub Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Enquanto o ministro da Educação, Abraham Weintraub, fala em "limpar" o conteúdo de livros didáticos, uma diferença entre o edital do MEC do governo Bolsonaro e os anteriores dá frio na espinha.
No edital anterior, publicado em 2017 pela gestão de Michel Temer, ao se descreverem os critérios eliminatórios para compra de livros didáticos, falava-se na “observância de princípios éticos e democráticos”. No de Bolsonaro, fala-se apenas em “observância aos princípios éticos”. A menção à democracia, ao menos nessa seção, sumiu.
Entretanto, o edital publicado pelo MEC de Weintraub cita a palavra "democracia" ou suas variações quatro vezes — o que também acontecia nos outros.
Estimulam, por exemplo, que os livros abordem a importância do protagonismo dos estudantes em ações "para construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva", adotem princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários" e tratem a mediação de conflitos pela "necessidade do convívio democrático dentro e fora da escola".
Leia a análise "Os livros de Weintraub", exclusiva para assinantes, em que a coluna aborda as mudanças prometidas pelo MEC e os critérios atuais adotados pelo ministério para compra de livros didáticos e literários.
(Com Eduardo Barretto e Naomi Matsui)