Edital para concurso público Magistério
Edital para concurso público da rede estadual não contempla as reais necessidades das escolas gaúchas
Após dois longos anos de espera – quando a Lei que permitiu a realização do concurso público para o magistério foi aprovada -, nesta quarta-feira (15), a Secretaria da Educação (Seduc) finalmente lançou o edital com as vagas para a rede estadual de ensino.
EDITAL CONCURSO DO MAGISTÉRIO 2023
Desde o momento da aprovação da Lei na Assembleia Legislativa, o CPERS questionou o governo do Estado quanto ao número reduzido de vagas oferecidas, já que elas não preenchem nem 10% do total de servidores(as) contratados nas escolas.
Em 2022, segundo levantamento do Dieese, a Seduc possuía em sua folha de pagamento quase 33 mil educadores(as) temporários, entre eles, cerca de 24 mil professores(as) e 9 mil funcionários(as) de escola.
Em diversas ocasiões, tanto em reuniões com a Seduc como com o próprio governador Eduardo Leite (PSDB), o Sindicato exigiu a ampliação destas vagas e, inclusive, solicitou que uma nova Lei fosse publicada, abrangendo também os servidores(as) das escolas e os especialistas, tão necessários para o dia a dia das instituições de ensino.
Outro elemento de extrema preocupação está na exclusão de disciplinas essenciais para o desenvolvimento pleno dos estudantes da rede, como História, Filosofia, Sociologia, Artes, Educação Física, Espanhol e Currículo (séries iniciais).
O que fica evidente é que a exclusão destas áreas está muito conectada com os propósitos de municipalização do Ensino Fundamental e também da precarização do ensino e das condições de trabalho dos educadores(as), além de um alinhamento com políticas absurdamente excludentes como a BNCC e o Novo Ensino Médio.
Este edital representa uma ducha de água fria em todos(as) os educadores(as) que almejam se dedicar à educação como profissão e carreira.
O CPERS fará o levantamento da falta de professores(as) que o edital não contempla e continuará a luta por um novo concurso que supra as reais necessidades das escolas. O Sindicato também seguirá pressionando por concurso para funcionários(as) de escola, principalmente para merendeiras e infraestrutura, vagas que não são contempladas em processo seletivo desde 2002.