Educação ainda é desigual

Educação ainda é desigual

Indicadores sociais melhoram, mas educação ainda é desigual

Estudo do IBGE compara dados de 2016 e 2018 e mostra que houve avanço, no entanto, população mais vulnerável ainda sofre com analfabetismo

Karla Dunder, do R7            

 

Desigualdade ainda atinge população mais vulnerável

Desigualdade ainda atinge população mais vulnerável

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga nesta quarta-feira (13) "Desigualdades Sociais por Cor ou Raça". O estudo aponta que os indicadores sociais apresentaram uma pequena melhora entre 2016 e 2018, no entanto, o acesso à educação ainda é desigual.

A taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais na população preta e parda passou de 9,8% para 9,1%. Considerando a população branca, a taxa de analfabetistmo é de 3,9%.

O pior cenário de analfabetismo no país está entre a população preta e parda que vive na área rural — 20,7%.

Arte R7

A diferença diminui no acesso a educação infantil. Seja nas creches com 53% de crianças pretas e pardas e 55,8% das crianças brancas de 0 a 5 anos. Entre as crianças de 6 a 10 anos, praticamente não há diferença nos primeiros anos do ensino fundamental — 96,5% das crianças branças e 95,8% das pretas e pardas estão matriculadas.

Quando o foco está nos jovens as diferenças voltam a se acentuar. Entre as pessoas de 18 a 24 anos que frequentavam ou já haviam concluído o ensino superior, o número de brancos (36,1%) é quase o dobro de pretos e pardos (18,3%).

De acordo com o estudo do IBGE, uma justificativa para o acesso menor e abandono dos estudos da população negra ao ensino superior está na necessidade de trabalhar ou procurar trabalhar — 61,8% daqueles que completaram o ensino médio, mas não estavam estudando usaram essa justificativa.

As mulheres se destacam nos indicadores sociais, mas a taxa de conclusão do ensino médio de homens brancos (72%) ainda é maior que a das mulheres pretas ou pardas (67,6%).

 

 




ONLINE
73