Educação na transição

Educação na transição

Educação na Transição: arrumando a casa

Acuado pelo pouco tempo, ontem Mercadante reuniu a equipe de transição, os 31 grupos, para dizer que o programa do governo Lula já estava pronto antes da eleição e que os grupos devem focar no diagnóstico e não em “ideias geniais”. A direita reagiu imediatamente.

Embora eu ache que mesmo o programa elaborado antes já era genérico demais, e isto vai gerar problemas futuros, creio que Mercadante está certo. O programa, mesmo inacabado, terá que ser o ponto de partida e não o GT de transição. E a complementação dele terá que ser feita com a equipe do MEC já definida. Os reformadores precisam entrar na fila.

Desde a primeira reunião “informal” com 56 pessoas, observa-se uma composição que sugere a constituição de um grupo para examinar recomendações de políticas para o futuro ministério, até mesmo com exclusões inaceitáveis de aliados de primeira hora, como a CNTE. E recomendações políticas são sempre baseadas em uma visão de futuro que deve ser feita tendo como referência um programa político. Sem o programa abre-se um vácuo.

Se o programa da Coligação Brasil da Esperança for colocado claramente como referência, o diagnóstico fica limitado ao diagnóstico, que deveria ser o objetivo central do GT, garantindo que o momento da transição tenha como norte o programa e não o foco na política que será adotada. Se isso tivesse sido garantido, muitos problemas teriam sido evitados, pois, como o ato de administrar não é neutro, tem que haver um norte político ou se criará outro ao sabor dos componentes do GT durante o próprio diagnóstico. A falta deste horizonte é o que motivou a montagem do GT e está levando a sua constante alteração.

Os grupos estão ganhando uma composição por demais ampla, guiados pelas expectativas de se fazer um programa. Ao contribuir com o fim do governo Bolsonaro, não se fez um favor para a coalisão vitoriosa no primeiro turno e liderada pelo PT, mas um favor ao país. Isso não pode, agora, virar dívida política a ser paga com direito a reescrever o programa que levou a coligação à vitória no primeiro turno.

O programa é produto dos Partidos componentes da coligação. Bem ou mal, este é o ponto de partida para a política do governo Lula a ser retomado pelos Ministérios. Mudanças são possíveis, mas devem ser discutidas no momento oportuno. Quem incorporou-se à campanha no segundo turno, não pode ter a pretensão de fazer um novo programa agora, durante a transição.

É hora, sim, de um freio de arrumação.

A questão, agora, é quem irá conduzir o Ministério da Educação e suas Secretarias tendo como referência inicial o programa da coligação e o diagnóstico.

Para a área da Educação organizada no Forum Nacional Popular de Educação a referência é a Carta de Natal e seus desdobramentos. E o porta-voz da Carta de Natal é Heleno Araujo, indicado para compor o GT da transição na educação.

https://avaliacaoeducacional.com/2022/11/18/educacao-na-transicao-arrumando-a-casa/ 

 

Educação na Transição: muda composição do GT

I. Alexandre Schneider

II. Arnóbio Marques de Almeida Júnior

III. CESAR CALLEGARI

IV. CLAUDIA MARIA COSTIN

V. Claudio Alex Jorge da Rocha

VI. DANIEL TOJEIRA CARA

VII. FÁTIMA CLEIDE RODRIGUES DA SILVA

VIII. GETÚLIO MARQUES FERREIRA

IX. Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho

X. José Clodoveu de Arruda Coelho Neto

XI. José Henrique Paim Fernandes

XII. KARIN ADRIANE HUGO LUCAS

XIII. LUIZ CLÁUDIO COSTA

XIV. Macaé Maria Evaristo dos Santos

XV. Maria Alice Setubal

XVI. MARIA APARECIDA DA SILVA BENTO

XVII. Maria Teresa Leitão de Melo

XVIII. MÔNICA SAPUCAIA MACHADO

XIX. Paulo Gabriel Soledad Nacif

XX. Priscila Cruz

XXI. Ricardo Marcelo Fonseca

XXII. Rosa Neide Sandes de Almeida


https://avaliacaoeducacional.com/2022/11/17/educacao-na-transicao-muda-composicao-do-gt/
 




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