El Niño: O que é ?

El Niño: O que é ?

El Niño: O que é ? Efeitos no Brasil e no Mundo, No Inverno e no Verão

(INPE, UOL. Link no final)

 

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El Niño é um fenômeno climático natural, que envolve fatores atmosféricos e oceânicos, caracterizado pelo aumento das temperaturas do oceano Pacífico.

Ele impacta diretamente as zonas tropicais do planeta, como o Brasil

A origem desse fenômeno é a costa oeste da América do Sul, mais especificamente o território do Peru. A alteração anormal da temperatura do oceano Pacífico provoca mudanças climáticas significativas, principalmente na faixa tropical do globo. O El Niño gera alteração nos padrões climáticos de temperatura e precipitação. No Brasil, o El Niño causa chuvas torrenciais na região Sul, além de secas severas no Norte e Nordeste do país.

Esse processo ocorre de forma cíclica, sem uma temporalidade específica em termos de sazonalidade, geralmente iniciando-se no mês de dezembro, quando há o início do verão no Hemisfério Sul.

Resumo sobre El Niño

O El Niño é um importante fenômeno atmosférico e também oceânico, visto que impacta de forma direta as características climáticas globais.

A principal causa da ocorrência do El Niño é o aquecimento das águas do oceano Pacífico, especialmente ao longo da costa oeste da América do Sul.

O aquecimento dessas águas provoca diferentes anomalias climáticas em várias regiões do globo, com destaque para a faixa tropical.

O El Niño tem importantes consequências econômicas e ambientais, em razão das mudanças significativas nos regimes de temperatura e precipitação.

Esse fenômeno provoca secas severas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil e ainda fortes chuvas na região Sul do Brasil.

O resfriamento anormal das águas oceânicas do Pacífico, ao contrário do que ocorre no El Niño, resulta em outro importante fenômeno climático, chamado La Niña.

Causas do El Niño

A principal causa da ocorrência do El Niño é o aquecimento das águas do oceano Pacífico, especialmente ao longo da costa oeste da América do Sul, nas proximidades do território do Peru. Porém, esse aquecimento, considerado anormal, ainda não é completamente explicado pelos estudos científicos, que buscam identificar as causas exatas do aumento da temperatura dessas águas oceânicas em determinados anos.

Uma das teorias mais aceitas indica que essa mudança brusca da temperatura do oceano Pacífico, no ponto citado, é fruto da mudança de circulação dos ventos alísios, especialmente do enfraquecimento dessa circulação, comumente ocorrida no início do verão. Porém, as evidências das causas propriamente ditas desse processo de aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico ainda não estão bem consolidadas no meio acadêmico, portanto envolvem muitos apontamentos que não são comprovados pela ciência.

Há diversos estudos científicos que buscam indicar as causas do fenômeno El Niño, em razão da sua importância em termos de mudanças climáticas em nível mundial.

Como ocorre o El Niño?

O El Niño ocorre especialmente por meio do aquecimento das águas do oceano Pacífico ao longo da costa oeste da América do Sul, geralmente ao longo do mês de dezembro, em uma frequência anual inespecífica.

Os estudos mais recentes apontam que uma mudança brusca nos ventos alísios que cortam a região, especialmente o enfraquecimento desses ventos, tem gerado um avanço das correntes marítimas de água quente nas regiões geográficas do centro-sul do oceano Pacífico, culminando assim no aumento das temperaturas locais das águas oceânicas.

Essa mudança resulta justamente no aquecimento das águas desse oceano e, por consequência, em mudanças consideráveis nas condições das massas de ar, correntes marítimas e pressões atmosféricas, que por sua vez provocam diversas anomalias climáticas em diferentes regiões do globo, especialmente na sua porção tropical, modificando assim os regimes de temperaturas e precipitações globais.

Consequências do El Niño

As consequências do El Niño envolvem a espacialização das mudanças climáticas provocadas por esse fenômeno ao redor do mundo. Ele gera mudanças, especialmente nas temperaturas e nas precipitações, em diversas regiões globais, com destaque para a faixa tropical do globo. As principais consequências em termos climáticos do El Niño são:

o registro de períodos de secas e a elevação das temperaturas no subcontinente indiano, no Sudeste Asiático e na Austrália;

o favorecimento da ocorrência de tempestades, ou seja, o aumento das precipitações na costa oeste da América do Norte;

o predomínio de um tempo mais quente e mais seco, especialmente nos países continentais da América Central;

a mudança das condições climáticas da América do Sul, com variações entre secas severas e grandes volumes de chuvas.

É importante destacar que as alterações climáticas provocadas pelo El Niño causam consequências econômicas e ambientais em diversas regiões do globo. As perdas agrícolas em zonas geográficas como o Sudeste Asiático e o Nordeste do Brasil, assim como o prejuízo à atividade pesqueira em países como Peru e Equador, são consequências do El Niño.

El Niño no Brasil

O Brasil, em razão da sua localização em uma faixa tropical do globo, sofre diretamente com as mudanças climáticas em termos de temperatura e precipitação provocadas pelo El Niño. Em relação às regiões brasileiras, o El Niño provoca secas severas no Norte e Nordeste do país, implicando graves prejuízos à agropecuária e favorecendo a ocorrência de queimadas.

Por sua vez, a região Sul do Brasil sofre durante o fenômeno do El Niño com a ocorrência de fortes chuvas, que resultam em prejuízo econômico, como o causado pelos alagamentos e deslizamentos. O aumento da temperatura durante a ocorrência do El Niño na referida região também provoca prejuízos aos produtores rurais locais.

Já nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, os efeitos do El Niño são menos previsíveis. No geral, há mudança significativa dos padrões de temperatura e precipitação que são registrados nessas regiões ao longo dos anos, favorecendo a ocorrência de eventos extremos, como secas e tempestades.

influência do El Niño no Brasil.

Região Norte
redução das chuvas nas porções leste e norte da Floresta Amazônica, caracterizando algumas estiagens cíclicas para a região da floresta e aumento de problemas com as queimadas.

Região Centro-Oeste

- Aumento das chuvas durante o verão e elevação intensiva das temperaturas na segunda metade do ano, quando já faz muito calor.

Região Nordeste

– Secas severas nas áreas centrais e norte da região Nordeste, afetando, principalmente, a região conhecida como Polígono das Secas, que passa a viver crises dramáticas relativas à escassez hídrica.

Sudeste

– Aumento das temperaturas durante o inverno e intensificação do regime de chuvas.

Sul

– Manifestação de chuvas torrenciais, muito acima das médias históricas para a região, além da intensificação das temperaturas.

Mesmo com todas essas alterações climáticas, é errado o pensamento existente entre muitas pessoas de que o El Niño seja algo “ruim” ou “maléfico” ou que ele provocaria uma “bagunça climática”. No caso da seca do Nordeste, por exemplo, a “culpa” não é só do El Niño, mas da ausência de investimentos públicos para abastecer a população local. No Sul, embora as chuvas excessivas causem problemas, a preparação para elas com planejamento adequado evitaria graves catástrofes.

Um exemplo curioso aconteceu no Sudeste do Brasil no ano de 2014. Com a intensificação do calor e o prolongamento de uma seca que, além de outros fatores, contribuiu para a redução das reservas hídricas, sobretudo na cidade de São Paulo, torceu-se muito para que o El Niño voltasse a aparecer. Isso aconteceu porque, caso o fenômeno se manifestasse (o que não se confirmou no referido ano), as chuvas poderiam manifestar-se acima da média no verão seguinte, além de reduzir o período de estiagem para o restante do ano.

Diferenças entre El Niño e La Niña

O El Niño e o La Niña são fenômenos climáticos, de origem atmosférica e oceânica, que são marcados pela alteração considerada anormal da temperatura das águas do oceano Pacífico, especialmente nas proximidades do litoral oeste da América do Sul, próximo ao território do Peru.

No caso do El Niño, há o aumento anormal das temperaturas das águas oceânicas dessa zona geográfica, enquanto na atuação do La Niña ocorre o contrário, ou seja, o resfriamento anormal das águas oceânicas do Pacífico centro-sul.

Em razão dessa oposição, o El Niño e o La Niña provocam efeitos climáticos distintos, mas no geral, estão atrelados às mudanças de temperaturas e precipitações registradas ao longo da faixa tropical do globo.

Fonte

http://enos.cptec.inpe.br/




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