Em prol da alfabetização
Um dia em prol da alfabetização
Esse problema do país se repete em nível mundial. Somente de jovens, os levantamentos indicam que há cerca de 617 milhões deles no mundo que não conseguem ler ou fazer contas simples de matemática,
Não obstante os avanços havidos na tentativa de erradicar o analfabetismo no Brasil, um grande contingente de brasileiros permanece à margem dos benefícios proporcionados pela capacidade de decifrar a escrita. De acordo com o “Censo Demográfico 2022 – Alfabetização: Resultados do Universo”, divulgado neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são mais de 11 milhões de brasileiros nessa situação, o que os torna mais vulneráveis no cotidiano para desenvolver seu potencial e aproveitar as oportunidades que surgem para melhorar suas condições de vida.
Esse problema do país se repete em nível mundial. Somente de jovens, os levantamentos indicam que há cerca de 617 milhões deles no mundo que não conseguem ler ou fazer contas simples de matemática, ainda que dois terços deles tenham frequentado a escola ou estejam estudando de forma regular. Trata-se dos chamados analfabetos funcionais por conta da reduzida capacidade de decifrar textos básicos. Isso se reflete em exclusão social e em piora dos indicadores sociais.
Visando chamar a atenção para essa questão e para todas as nuances que a envolvem, a Organização das Nações Unidas (ONU), juntamente com a Unesco, seu braço institucional para temas como a educação, ciências naturais, ciências sociais/humanas e comunicações/informação, instituiu o Dia Mundial da Alfabetização, em 1967, como forma de incentivar os diferentes governos a implementar políticas públicas eficientes para combater essa chaga social. A data escolhida foi o 8 de setembro de cada ano e teve sua passagem registrada neste domingo.
No contexto das medidas demandadas a fim de enfrentar corretamente esse panorama adverso, o governo federal está anunciando a ampliação da rede de bibliotecas públicas do país e o Congresso Nacional trabalha na remodelação do Plano Nacional de Educação (PNE), cujas metas têm ficado aquém do esperado. O Brasil precisa de um mutirão nacional de inclusão de um segmento que ainda está com sua cidadania negligenciada.
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