Enfrentar quem corrompeu o sistema de justiça
É preciso enfrentar quem corrompeu o sistema de justiça, afirma Kakay
Em entrevista exclusiva, advogado criminalista afirma que o bolsonarismo é uma seita e que STF e TSE garantiram institucionalidade
O advogado criminalista advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, ressalta a necessidade de se fazer o devido enfrentamento do que aconteceu no Brasil ao longo dos últimos quatro anos.
“O Supremo (Tribunal Federal) diz que houve corrupção do sistema de Justiça. Vai morrer isso, vai acabar [com o enfrentamento à corrupção judicial]? Não pode”, explica Kakay em entrevista exclusiva à TV GGN 20 horas.
“Agora, repito: criou-se uma seita no Brasil, o bolsonarismo é uma seita. É algo inacreditável”, explica. “Veja bem, eu não quero combater o bolsonarismo via Judiciário. Vão me acusar disso, já estão me acusando. (…) O que me interessa é que, para um cara legalista como eu, que preza a Constituição, que sou um cara que acha que o direito penal não é a saída para nada, chegar ao ponto de pregar a necessidade de uma investigação criminal, é porque é necessário fazer”.
Não só corromperam a Justiça, mas o sistema democrático
Ao comentar sobre uma live que participou ao lado de psicólogos, Kakay reflete sobre as suas próprias contradições como advogado garantista. Justifica que o combate à corrupção do sistema vai além da punição, mas é o enfrentamento dos que “corromperam” a garantia de “um sistema democrático”.
Na visão de Kakay, embora o sistema judiciário brasileiro seja patrimonialista – “você abre a foto dos Tribunais de Justiça Brasil afora, são só homens brancos bem-sucedidos, não tem negro, não tem mulher (…)” – foi ele quem manteve a institucionalidade do país.
“Nós só estamos aqui debatendo hoje porque os tribunais superiores, especialmente o Supremo Tribunal e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fizeram o enfrentamento para manter a institucionalidade.”
Veja mais sobre o assunto na íntegra da entrevista de Kakay à TV GGN 20 horas.