Escolas militares sem nota mil
Modelo dos sonhos de Bolsonaro é superado por escolas públicas e privadas.
Escolas militares não conseguem nenhuma nota mil na redação do Enem
Por Escrito en BRASIL el
O ENEM 2023 bateu o recorde de notas mil nas redações segundo os dados divulgados pelo INEP. Foram 60 textos que alcançaram a pontuação máxima estimada pela prova mais importante para ingresso no ensino superior do país.
A maioria das notas ficou concentrada em escolas privadas, que dominaram os resultados com 56 notas mil. É verdade, também, que a maioria das máximas ficou concentrada nas regiões Norte e Nordeste.
Mas e as quatro escolas públicas que conseguiram formar alunos nota mil? Vejamos: uma nota veio da Escola Estadual Marcondes de Souza, em Muqui, no Sul do Espírito Santo, Outra veio do Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Outra veio do Colégio Estadual Padre Sebastião da Silva Pereira, de Valença, na Região Sul Fluminense do Rio de Janeiro, Outra veio de Tocantins, mas não do Colégio Militar do Estado do Tocantins.
Nenhum dos alunos vieram das escolas militares, tidas por Bolsonaro como o modelo de educação para o Brasil. Alguns estados decidiram manter o modelo de educação mesmo após o governo federal indicar que não investiria mais no tema.
A verdade é que o modelo de escolas militares não é o mais apropriado para a educação brasileira, como afirmam praticamente todas as entidades educacionais sérias no país.
De acordo com dados do Sinpro-DF, os colégios militares de Bolsonaro custam três vezes mais por aluno do que as redes estaduais normais. Os institutos federais, notoriamente mais capazes de aprovar alunos em provas como o Enem e a Fuvest, são mais baratos, por exemplo, do que as escolas dos fardados.
FONTE:
Acordo firmado com o Ministério da Defesa prevê um processo de retirada dos militares das escolas até o fim do ano letivo. MEC afirma que o “programa induz o desvio de finalidade das atividades das Forças Armadas”
Escolas militares: Governo Lula encerra programa criado por Bolsonaro
12/07/23 - Por
Em ofício enviado aos secretários de Educação, datado do dia 10 de julho, o governo Lula comunica o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, criado por Jair Bolsonaro (PL) para criar uma doutrinação militar entre estudantes de escolas públicas.
"Cumprimentado-o(a) cordialmente, informamos a realização do processo de avaliação sobre o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, liderado pela equipe da Secretaria de Educação Básica, Ministério da Educação e Ministério da Defesa, ao final do qual foi deliberado o progressivo encerramento do programa", diz o ofício.
Segundo o acordo feito entre o MEC e o Ministério da Defesa, haverá um processo de desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidos em sua implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa, que respeitará o fim do ano letivo.
Segundo o Ministério da Educação, 216 escolas adotaram o modelo em 23 estados e no Distrito Federal, onde estudam cerca de 192 mil alunos.
Nota técnica do MEC afirma que o “programa induz o desvio de finalidade das atividades das Forças Armadas” e cita quatro motivos para o fim do programa: desvio de finalidade das Forças Armadas, problema de execução orçamentária do programa, problema de coesão com o sistema educacional brasileiro e o modelo didático pedagógico adotado.
“As características do Programa e sua execução até agora indicam que sua manutenção não é prioritária e que os objetivos definidos para sua execução devem ser perseguidos mobilizando outras estratégias de política educacional. Desaconselhamos que o Programa seja mantido”, diz a nota
FONTE:
Governador do Rio Grande do Sul seguiu a linha de Tarcísio e e Ratinho Jr, que peitaram o governo Lula ao anunciarem a manutenção do programa encerrado pelo presidente
Eduardo Leite decide manter escolas militares no RS e Jean Wyllys critica: "Gays com homofobia internalizada"
Por 14/07/2023
O jornalista e ex-deputado federal Jean Wyllys, que recentemente retornou ao Brasil e passará a trabalhar na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), criticou nesta sexta-feira (14) o governador do Rio Grande do Sul (RS), Eduardo Leite (PSDB), que decidiu manter o programa de escolas cívico-militares, que foi encerrado pelo governo Lula no dia 10 de julho, em seu estado.
"O nosso governo irá manter o programa de escolas cívico-militares no RS", anunciou Leite, através das redes sociais, ao compartilhar o print de uma notícia sobre o assunto.
Com a decisão, o tucano passa a integrar a lista de governadores, composta majoritariamente por bolsonaristas, que peitaram o governo Lula com relação ao fim do programa - entre eles estão o governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), e o de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
Ao criticar a postura de Eduardo Leite, Jean Wylllys mencionou o fato do mandatário estadual ser homossexual e, ainda assim, apoiar um programa defendido por homens heterossexuais e de extrema direita.
"Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!", escreveu Wyllys.
CONFIRA
Algumas horas após a postagem de Jean Wyllys, Eduardo Leite decidiu responder ao ex-deputado federal.
"Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wyllys, eu lamento a sua ignorância", escreveu o governador do RS.
Lula encerra programa das escolas cívico-militares
Em ofício enviado aos secretários de Educação, datado do dia 10 de julho, o governo Lula comunica o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, criado por Jair Bolsonaro (PL) para criar uma doutrinação militar entre estudantes de escolas públicas.
"Cumprimentado-o(a) cordialmente, informamos a realização do processo de avaliação sobre o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, liderado pela equipe da Secretaria de Educação Básica, Ministério da Educação e Ministério da Defesa, ao final do qual foi deliberado o progressivo encerramento do programa", diz o ofício.
Segundo o acordo feito entre o MEC e o Ministério da Defesa, haverá um processo de desmobilização do pessoal das Forças Armadas envolvidos em sua implementação e lotado nas unidades educacionais vinculadas ao programa, que respeitará o fim do ano letivo.
Segundo o Ministério da Educação, 216 escolas adotaram o modelo em 23 estados e no Distrito Federal, onde estudam cerca de 192 mil alunos.
Nota técnica do MEC afirma que o “programa induz o desvio de finalidade das atividades das Forças Armadas” e cita quatro motivos para o fim do programa: desvio de finalidade das Forças Armadas, problema de execução orçamentária do programa, problema de coesão com o sistema educacional brasileiro e o modelo didático pedagógico adotado.
“As características do Programa e sua execução até agora indicam que sua manutenção não é prioritária e que os objetivos definidos para sua execução devem ser perseguidos mobilizando outras estratégias de política educacional. Desaconselhamos que o Programa seja mantido”, diz a nota.
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