Escolas estaduais ainda não retornaram
Seduc: 18 escolas estaduais ainda não retornaram às aulas após as enchentes
Previsão é de que 16 escolas retornem às atividades até o dia 12
Sul21 - 05/08/2024
já retomou as atividades | Foto: Isabelle Rieger/Sul21
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) do Rio Grande do Sul divulgou nesta segunda-feira (5) o panorama sobre o retorno presencial das escolas da Rede Estadual após as enchentes de maio. De acordo com os dados divulgados, 2.320 escolas estaduais estão atendendo de forma presencial no Estado, o que representa 735 mil alunos e 99,9% da rede estadual. Apenas 18 escolas não retomaram as atividades até esta segunda.
O balanço da Seduc aponta que 60% (1.401) das escolas estaduais já estavam funcionando uma semana após o ápice do evento climático, em 6 de maio. Este percentual saltou para 70% (1.622) em 13 de maio e para 97% (2.257) em 3 de junho. Desde então, outras 80 escolas já reestabeleceram atividades presenciais, com 18 (0,7%) ainda não tendo retornado até esta segunda-feira.
A previsão atual da Seduc é de que 10 escolas retomem atividades até esta quinta-feira (8), outras seis retornem até o dia 12 e apenas duas estão sem data prevista para retornar: EEEF São Caetano, em Porto Alegre, e CE Tereza Francescutti, em Canoas. Ambas escolas precisam de reformas consideradas como de alta complexidade e, no momento, a Seduc busca um local alternativo para o prosseguimento das aulas. Outras 15 escolas já estão realocadas temporariamente nos municípios de São Leopoldo, Encantado, Estrela, Lajeado (2), Roca Sales, Caxias do Sul, Farroupilha, Venâncio Aires, São João do Polêsine, Triunfo (2), Cruzeiro do Sul e Porto Alegre (2).
De acordo com a Seduc, 1.103 escolas estaduais foram afetadas pelas enchentes, sendo que 606 foram danificadas e 89 foram utilizadas como abrigos. O total de estudantes impactados é estimado em 402 mil em 260 municípios.
A secretaria classificou o impacto das enchentes nas escolas em 5 níveis. No Tipo 1, 1.263 escolas foram classificadas como sem danos e tiveram a comunidade escolar pouco ou não atingida. No Tipo 2, 535 escolas não tiveram danos, mas apresentaram dificuldades de acesso ou foram usadas para ajuda humanitária, com a comunidade pouco atingida. No Tipo 3, 443 escolas apresentaram danos simples e precisaram de limpeza ou pequenos reparos para serem reabertas, sendo a comunidade escola consideravelmente atingida. No Tipo 4, 77 escolas tiveram seus prédios danificados, necessitando reformas específicas ou totais, com a comunidade consideravelmente atingida. No Tipo 5, 20 escolas foram classificadas com necessidade de reconstrução total ou em estão em estudo para realocação, com a comunidade escolar sendo severamente atingida.
A Seduc informou que o Estado já investiu R$ 129,1 milhões nas escolas após as enchentes, sendo R$ 51,5 milhões como parcela de autonomia financeira para 636 escolas, R$ 40,3 milhões para compra de mobiliário e equipamentos para escolas afetadas, R$ 19,1 milhões para obras em escolas afetadas e R$ 18,2 milhões como repasse extra para merenda escolar de 2.280 escolas.
“Com a crise climáticas, nós criamos repasses extras de R$ 20 mil, R$ 40 mil e R$ 80 mil, dependendo do tamanho da escola e do tipo de estrago que ela teve. Então, nós já fizemos três repasses dessas cotas, por isso que dá esse total [de autonomia financeira]”, explicou a secretária de Educação, Raquel Teixeira.
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