São crianças e adolescentes que processam informações com rapidez, têm pensamento crítico afiado, criatividade efervescente, sensibilidade ética profunda e um potencial intelectual que foge do comum.

Mas, ao contrário da crença popular, eles não se bastam sozinhos. Pelo contrário, precisam de estímulos adequados, desafios à altura e apoio emocional consistente.

O problema é que o mito do “quem é inteligente se vira” ainda impera. E isso cobra um preço alto: desmotivação, evasão escolar, sofrimento psíquico e talentos sufocados por rotinas que não os cabe.

Muitos passam anos revendo conteúdos que já dominam, esperando que a turma alcance seu ritmo.

Aprendem a “não se destacar”, a “esperar a vez” e até a esconder sua inteligência para se encaixar no padrão.

O que deveria ser voo livre vira espera no solo.

Quando o cansaço emocional aparece, em forma de ansiedade, irritabilidade, tédio ou comportamentos desafiadores, quase nunca é entendido como sinal de um aluno superdotado em sofrimento.

Ao invés de receberem acolhimento, viram “o problema da sala”, um alerta ignorado por um sistema que não sabe (ou não quer) enxergar.

Muita gente, acha que altas habilidades é um privilégio, contudo não são privilégio: são uma condição que requer estratégias próprias, ambiente desafiador e escuta sensível.

Potencial não floresce sozinho.

Se a escola não abre espaço para o excepcional, ela ensina, sem perceber, que BRILHAR é algo a ser contido.

PASSOU da hora de mudar essa história.

Cada vez mais essa é uma realidade que não se aplica a uma única criança, elas só não se destacam como a sociedade exige, e ficam ali no mundo delas, entediadas com o formato de escola “chata”.

É um assunto delicado, porque precisa ser visto com cuidado, analisado cada caso individual, e um diagnóstico não é para ser um rótulo estampado (como sinônimo de orgulho) mas para ser um Norte, para a família e deveria ser para as escolas, que insistem em manter o ensino tradicional.