Evangelização da política

Evangelização da política

Há uma clara evangelização da política”



De­pois da dis­pa­rada de Bol­so­naro na úl­tima hora do pri­meiro turno, o Brasil fi­nal­mente en­cara uma re­a­li­dade: o poder po­lí­tico das ban­cadas evan­gé­licas e suas li­de­ranças move mon­ta­nhas. Para de­bater esse fenô­meno, en­tre­vis­tamos Lamia Ou­a­lalou, es­tu­diosa da in­serção po­lí­tica e re­li­giosa dos evan­gé­licos, que con­tri­buiu no recém-pu­bli­cado Re­li­gião e po­lí­tica em tempos de mu­dança, da edi­tora Bai­o­neta. Mar­ro­quina com ci­da­dania bra­si­leira, ela já pu­blicou sobre o tema em ou­tras lín­guas e ex­plica as ra­zões que fi­zeram desta ver­tente re­li­giosa uma das mai­ores forças so­ciais do país.

Antes de tudo, re­força a ideia de que se par­tidos e grupos pro­gres­sistas dei­xaram de fazer o cha­mado “tra­balho de base” e o Es­tado se au­senta de vastas áreas de po­breza, os evan­gé­licos ocu­param o es­paço. “Se a pessoa perde em­prego, os mem­bros da igreja ajudam-na a ar­rumar al­guma coisa, se não tem di­nheiro pra co­mida, os lí­deres da igreja dão um jeito, se os fi­lhos não têm o que fazer a igreja pro­move uma ati­vi­dade, o que os afasta de pe­rigos como nar­co­trá­fico ou gra­videz pre­coce. Uma em­pre­gada que fica quatro horas no trans­porte pú­blico tem nas igrejas um raro lugar de in­clusão so­cial e lazer. O pastor é a maior per­so­na­li­dade da vida dessas pes­soas”, con­tex­tu­a­lizou.

Outro as­pecto no­tório desta eleição foi a in­fluência do bispo Edir Ma­cedo, líder da Igreja Uni­versal e dono da TV Re­cord, cuja força mi­diá­tica foi cla­ra­mente posta a ser­viço da chapa mi­litar que pode pre­sidir o país. “A Uni­versal é a me­lhor or­ga­ni­zada, tem uma ló­gica mi­diá­tica e em­pre­sa­rial muito bem mon­tada. Tem pre­sença mun­dial, no Mé­xico, na Ar­gen­tina, também na França, na África... Tem um papel cada vez maior também na po­lí­tica ex­terna bra­si­leira, pois Edir Ma­cedo de­cidiu abraçar com­ple­ta­mente a causa de Is­rael. Trata-se da igreja que se adaptou me­lhor aos novos tempos, usa me­lhor os me­ca­nismos mi­diá­ticos e é a igreja que me­lhor tomou pra si o papel do Es­tado”.

Se, por um lado, o cres­ci­mento da força das igrejas na po­lí­tica deve au­mentar o en­foque crí­tico a suas pautas, por outro fica re­gis­trado o avanço de sua força, que se antes elegia apenas para o le­gis­la­tivo, agora con­segue vencer elei­ções ma­jo­ri­tá­rias. No fim das contas, trata-se de um re­sul­tado di­reto da di­nâ­mica da velha po­lí­tica e seus con­chavos his­tó­ricos.

“A classe po­lí­tica tem muita res­pon­sa­bi­li­dade, pois não fez um tra­balho de des­cons­trução dos pas­tores e seus in­te­resses. Nunca se pre­o­cu­param em falar ao povo que esses pas­tores têm muito di­nheiro, in­clu­sive fora do país... Vamos lem­brar da inau­gu­ração do Templo de Sa­lomão. A cena era ri­dí­cula: toda a classe po­lí­tica foi lá. Es­tavam Dilma, Temer, Alckmin, pre­feitos... Todos lá, mos­trando que não era pos­sível ig­norar seu poder. Toda a classe po­lí­tica se prestou a dis­putar fa­vores e pre­fe­rên­cias do bispo Ma­cedo”, cri­ticou.

A en­tre­vista com­pleta com a jor­na­lista e es­cri­tora Lamia Ou­a­lalou pode ser lida a se­guir.

Cor­reio da Ci­da­dania: Em pri­meiro lugar, qual a im­por­tância do livro Re­li­giões e po­lí­tica em tempos de mu­dança di­ante da atual con­jun­tura bra­si­leira?

Lamia Ou­a­lalou: O livro é im­por­tante, pois, apesar de a re­li­gião sempre ter sido cen­tral no Brasil, antes ela não pre­ci­sava passar pelo Con­gresso. Uma das pri­meiras pes­soas que um go­ver­nante sempre teve de ver ao ser eleito era um ar­ce­bispo, um líder re­li­gioso. O papel he­gemô­nico da Igreja Ca­tó­lica era ta­manho que não pre­ci­sava se ar­ti­cular di­re­ta­mente com po­lí­ticos eleitos.

Agora, es­tamos di­ante de um tempo de mu­danças po­lí­ticas. Em par­ti­cular, o Brasil tem uma im­pres­si­o­nante força re­li­giosa. Pelo que pu­demos ver no Censo de 2010, já há 40 anos se ve­ri­fica uma queda: antes, tí­nhamos 92% de bra­si­leiros que se di­ziam ca­tó­licos; agora são 64%. De acordo com vá­rios es­pe­ci­a­listas, nunca se viu um mo­vi­mento de trans­for­mação tão rá­pido em país deste porte. É pro­fundo e tem im­pli­ca­ções so­ci­o­ló­gicas, cul­tu­rais e, claro, po­lí­ticas.

Eu tive en­foque nos evan­gé­licos, mas o livro traz a visão e in­ter­ro­ga­ções de forma mais ampla. Co­mecei a tra­ba­lhar com o tema dos evan­gé­licos há 10 anos, com mais força a partir de 2012. 

Con­ver­sava com pes­soas do PT e ou­tros par­tidos, mas me in­te­ressei mais por falar com pes­soas do dito campo pro­gres­sista. Elas não en­ten­diam meu in­te­resse pelo as­sunto, achavam-no menor. “Ah, é que você nasceu em país mu­çul­mano, tem uma visão di­fe­rente com a questão” (nasci no Mar­rocos, morei na França, mas tenho ci­da­dania bra­si­leira, pois minha filha nasceu no país). 

Não era só isso. Grande parte do que acon­tece no país hoje tem a ver com a mu­dança da pre­fe­rência re­li­giosa de parte da po­pu­lação. 

Cor­reio da Ci­da­dania: Nesse sen­tido, o que você pode co­mentar mais es­pe­ci­fi­ca­mente da sua con­tri­buição na obra, a tratar do evan­ge­lismo ne­o­pen­te­costal e suas con­sequên­cias na vida po­lí­tica e so­cial?

Lamia Ou­a­lalou: As con­sequên­cias po­lí­ticas e so­ciais são muito grandes. O Brasil, com as mi­gra­ções in­ternas, teve uma re­versão muito forte da po­pu­lação rural para ur­bana dos anos 60, 70 pra cá. Essas pes­soas, em grande parte, foram morar em fa­velas ou bairros po­pu­lares, onde os ní­veis de em­prego e pre­sença do Es­tado são baixos. Lu­gares de pes­soas muito de­sam­pa­radas. As igrejas evan­gé­licas, com grande visão es­tra­té­gica, con­se­guiram apa­recer como res­posta e to­maram es­paço do Es­tado. 

Se a pessoa perde em­prego, os mem­bros da igreja ajudam-na a ar­rumar al­guma coisa, se não tem di­nheiro pra co­mida, os lí­deres da igreja dão um jeito, se os fi­lhos não têm o que fazer a igreja pro­move uma ati­vi­dade, o que os afasta de pe­rigos como nar­co­trá­fico ou gra­videz pre­coce. Uma em­pre­gada que fica quatro horas no trans­porte pú­blico tem nas igrejas um raro lugar de in­clusão so­cial e lazer. 

Acabou que as igrejas se tor­naram o es­paço mais im­por­tante da vida dessas pes­soas. Elas só ouvem rádio e as­sistem TVs evan­gé­licas, com­pram discos de ar­tistas evan­gé­licos, tem Fa­ce­book e grupos de What­sApp só de evan­gé­licos, até se vestem de um jeito re­la­ci­o­nado à fé. Tem até uma in­dús­tria de moda à parte, es­crevi em outro livro sobre este outro as­pecto.

Tais pes­soas se tornam de­pen­dentes do dis­curso do pastor da igreja, o que têm im­pacto po­lí­tico im­por­tante. Não foi à toa que no dia se­guinte do grande pro­testo do “Ele Não” co­meçou a su­bida do Bol­so­naro, que teve re­sul­tados acima do es­pe­rado no pri­meiro turno.

O pastor é a maior per­so­na­li­dade da vida dessas pes­soas. Os pas­tores têm vi­sões de mundo di­fe­rentes, mas em comum a ca­pa­ci­dade de falar bem, ca­pa­ci­dade de per­su­asão e li­de­rança de grupos. Se o pastor pede voto no Bol­so­naro, a grande mai­oria vota nele. Na eleição le­gis­la­tiva isso também foi forte, vimos a eleição de per­so­na­gens de quem nunca ou­vimos falar na po­lí­tica, mas que são co­nhe­cidas no ce­nário evan­gé­lico.

O im­pacto é forte na es­ca­lada con­ser­va­dora, da in­to­le­rância, in­clu­sive re­li­giosa, como em re­lação às re­li­giões afro. 

Cor­reio da Ci­da­dania: Um fenô­meno que já algum tempo era ine­vi­tável, por­tanto. 

Lamia Ou­a­lalou: Não era uma fa­ta­li­dade, ser evan­gé­lico não era ne­ces­sa­ri­a­mente ser de di­reita. O ponto é que os par­tidos pro­gres­sistas, a exemplo do PT, não sou­beram falar com tais pes­soas, não per­ce­beram o ta­manho da mu­dança e aban­do­naram essa po­pu­lação para os pas­tores. Não houve ne­nhum tra­balho de des­cons­trução dos pas­tores, al­guns ver­da­deiros ban­didos, al­guns dos mai­ores mi­li­o­ná­rios do país. Deixou-se passar. 

E no­temos que a Te­o­logia da Pros­pe­ri­dade tem um dis­curso muito re­la­ci­o­nado ao con­sumo, uma boa vida ma­te­rial, bas­tando pedir a deus. De certa forma pa­rece o dis­curso do PT, quando o par­tido afir­mava o con­sumo como o ponto cen­tral da vida das pes­soas. No fim das contas, o par­tido até sus­tentou um dis­curso pa­re­cido com al­guns as­pectos da Te­o­logia da Pros­pe­ri­dade.

Lembro de dis­curso do Guido Man­tega, em épocas me­lhores, di­zendo que agora as pes­soas têm acesso ao cartão de cré­dito e isso as tor­nava ci­dadãs. Um dis­curso que en­tendo como muito grave, ao menos do ponto de vista pro­gres­sista. 

Hoje os evan­gé­licos de­mo­nizam a es­querda, afirmam que não era graças ao go­verno que as coisas es­tavam me­lhor, por mais evi­dente que fosse o papel do go­verno. Agora falam do diabo, a crise é culpa de sa­tanás. E o sa­tanás é o PT, dis­curso aceito por muitos fieis.

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O livro que conta com a co­la­bo­ração de Lamia Ou­a­lalou

Cor­reio da Ci­da­dania: Uma edição re­cente do jornal da Igreja Uni­versal afirma que a de­no­mi­nação re­li­giosa au­xi­liou mais de 11 mi­lhões de pes­soas no úl­timo ano. In­de­pen­den­te­mente de uma dis­cussão mais acu­rada de tal dado, como você per­cebe esse as­pecto? Trata-se de um mo­vi­mento de­li­be­rado de ocu­pação do papel do Es­tado na­quilo que lhe com­pete em termos de po­lí­ticas so­ciais? 

Lamia Ou­a­lalou: Como dis­semos no co­meço, não dá pra saber bem quantas pes­soas fazem parte da Uni­versal. No Censo de 2020 po­de­remos saber me­lhor.

Mas as igrejas também vivem um mo­mento de di­ver­si­fi­cação. As grandes con­gre­ga­ções per­deram bas­tante gente. Há menos gente na As­sem­bleia de Deus, na Uni­versal, também por al­gumas dis­sen­sões in­ternas, a exemplo da Igreja Mun­dial, criada por um pastor que era da Uni­versal.

A Uni­versal é a me­lhor or­ga­ni­zada, tem uma ló­gica mi­diá­tica e em­pre­sa­rial muito bem mon­tada. Tem pre­sença mun­dial, no Mé­xico, na Ar­gen­tina, também na França, na África... Tem um papel cada vez maior também na po­lí­tica ex­terna bra­si­leira, pois Edir Ma­cedo de­cidiu abraçar com­ple­ta­mente a causa de Is­rael.

Trata-se da igreja que se adaptou me­lhor aos novos tempos, usa me­lhor os me­ca­nismos mi­diá­ticos e é a igreja que me­lhor tomou pra si o papel do Es­tado.

O sis­tema pre­si­diário do Rio de Ja­neiro tem 100 re­pre­sen­ta­ções re­li­gi­osas, das quais 92 evan­gé­licas. No fim das contas, o Es­tado aban­dona seu papel so­cial e o es­paço é ocu­pado por tais igrejas. No Bope tem um grupo evan­gé­lico também, e eles têm um grupo in­terno, vão far­dados às fa­velas e tudo o mais, apre­sen­tando-se como missão so­cial. 

Há uma ideia de que con­se­guem se in­fil­trar me­lhor em certas áreas, mais pe­ri­gosas, mas no fim das contas é ca­tas­tró­fico, pois são eles e nin­guém mais que de­cidem o que pode ou não pode fazer.

Cor­reio da Ci­da­dania: Nesse sen­tido, como ana­lisa os re­sul­tados da cha­mada ban­cada da bí­blia neste 2018? 

Lamia Ou­a­lalou: Boa parte dos de­pu­tados evan­gé­licos não se re­e­legeu. Mas tal ban­cada con­tinua muito im­por­tante – in­clu­sive a ala ca­tó­lica. 

De todo modo, é uma ban­cada cada vez mais con­ser­va­dora. E no Con­gresso se batem por temas que os be­ne­fi­ciam ma­te­ri­al­mente: não pagar im­postos, usar as TVs como fazem de forma ab­so­lu­ta­mente ilegal... 

Sobre os temas mo­rais, acabam que não são mais con­ser­va­dores que os ca­tó­licos. Às vezes, são mais abertos. A pró­pria Uni­versal não é tão anti-gay assim, con­si­dera que o aborto é acei­tável em certas si­tu­a­ções... 

Mas temos de aguardar como será a atu­ação desta ban­cada no novo pe­ríodo. Se Bol­so­naro for pre­si­dente, não dá pra saber se a ação desta ban­cada será po­ten­ci­a­li­zada ou es­va­ziada, pois se tor­nará um foco grande da po­lí­tica na­ci­onal. 

Claro que há uma di­rei­ti­zação do Con­gresso e uma ines­pe­rada ocu­pação de es­paços de poder pelos evan­gé­licos. Antes, eles se ele­giam ve­re­a­dores e de­pu­tados porque pa­recia um li­mite. Mas agora co­meçam a se lançar e até vencer elei­ções ma­jo­ri­tá­rias. O Mar­celo Cri­vella se elegeu no Rio, in­clu­sive com apoio ca­tó­lico. Po­demos ter um go­ver­nador do Rio evan­gé­lico. Bol­so­naro não é evan­gé­lico, mas re­pre­senta o mesmo mo­vi­mento...

Cor­reio da Ci­da­dania: Como você en­xerga a fi­gura de Edir Ma­cedo, chefe da igreja Uni­versal e dono da TV Re­cord, neste pro­cesso elei­toral e no jogo de poder? 

Lamia Ou­a­lalou: Ele teve papel im­por­tante ao chamar voto em Bol­so­naro e ofe­recer a ele uma en­tre­vista amiga, sem per­guntas duras, en­quanto os ou­tros iam de­bater na Globo três dias antes do pri­meiro turno. Ao co­locar seu apa­rato mi­diá­tico a ser­viço de Bol­so­naro, exerceu um papel po­lí­tico in­dis­cu­tível.

No en­tanto, o pro­blema não é o papel que agora vemos ser exer­cido por tais igrejas, que já existia de todo modo. A classe po­lí­tica tem muita res­pon­sa­bi­li­dade, pois não fez um tra­balho de des­cons­trução dos pas­tores e seus in­te­resses. Nunca se pre­o­cu­param em falar ao povo que esses pas­tores têm muito di­nheiro, in­clu­sive fora do país...

Vamos lem­brar da inau­gu­ração do Templo de Sa­lomão. A cena era ri­dí­cula: toda a classe po­lí­tica foi lá. Es­tavam Dilma, Temer, Alckmin, pre­feitos... Todos lá, mos­trando que não era pos­sível ig­norar seu poder. O pró­prio Lula se prestou a isso. Ma­cedo foi contra Lula em 1989, 94, 98 até que fi­nal­mente ficou ao lado dele em 2002, e da Dilma em suas elei­ções. Vimos o preço que se pagou por isso, al­tís­simo.

De todo modo, o que ficou claro neste evento é que toda a classe po­lí­tica se prestou a dis­putar fa­vores e pre­fe­rên­cias do bispo Ma­cedo. 

Cor­reio da Ci­da­dania: Há uma “evan­ge­li­zação da po­lí­tica”? O que isso sig­ni­fi­caria para a to­ta­li­dade da so­ci­e­dade bra­si­leira a seu ver?

Lamia Ou­a­lalou: Sim, cla­ra­mente há uma evan­ge­li­zação da po­lí­tica. Como falei, não dá pra ig­norar o an­tigo papel dos ca­tó­licos, con­ser­vador também. Mas os evan­gé­licos ar­ti­cu­laram como nin­guém os apa­ratos po­lí­ticos e mi­diá­ticos com a cul­tura, a so­ci­e­dade. Têm um papel muito forte, criam um mundo à parte entre seus se­gui­dores, que só se re­la­ci­onam entre si.

A re­per­cussão disso está vi­sível: uma parte das pes­soas vota em função do que fala o pastor. Não todos, claro, mas uma parte muito con­si­de­rável, porque o pastor é a pessoa que os in­flu­encia no dia a dia. E co­locam-se va­lores cada vez mais con­ser­va­dores. Os par­tidos pro­gres­sistas não se in­te­res­saram muito em trocar mais ideias, se re­la­ci­onar mais de perto com tais pes­soas. 

Fora isso, há o mo­vi­mento mun­dial de di­rei­ti­zação, de au­mento da in­to­le­rância. Ser evan­gé­lico não é ne­ces­sa­ri­a­mente ser in­to­le­rante, mas hoje eles têm se ma­ni­fes­tado cada vez mais con­trá­rios às mi­no­rias re­pre­sen­ta­tivas, ne­gros e suas re­li­giões, in­dí­genas... Mesmo sendo uma mai­oria de po­bres e de­sam­pa­rados estão em um mundo pa­ra­lelo, com uma iden­ti­dade pró­pria, uma iden­ti­dade mais evan­gé­lica que bra­si­leira, di­gamos assim, em seu modo de viver.


Ga­briel Brito é jor­na­lista e editor do Cor­reio da Ci­da­dania.

 

http://www.correiocidadania.com.br/34-artigos/manchete/13534-ha-uma-clara-evangelizacao-da-politica 




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