Explica jovens fora da escola no RS?
Se educação é prioridade, o que explica 49 mil jovens fora da escola no Rio Grande do Sul?
O governo Eduardo Leite (PSDB), que está à frente do estado desde 2019, elegeu a educação como uma de suas prioridades. No entanto, dados revelados pelo Censo Escolar de 2023 e outros que podem ser extraídos de estudos do IBGE, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), revelam um cenário extremamente preocupante e que não condiz com a realidade vendida pelo governador para a sociedade e a grande mídia.
Como pode ser observado na Tabela a seguir – desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) -, em 2023, 49 mil jovens gaúchos(as), entre 14 e 18 anos, estavam fora da escola e não haviam concluído o Ensino Médio. Este dado representa 7,2% dos estudantes nessa faixa etária. Além disso, 38% ou 263 mil jovens, nessa mesma média de idade, ainda estavam frequentando o Ensino Fundamental.
O Rio Grande do Sul, apesar de todo o seu poderio econômico – sendo a quarta maior economia do Brasil -, possui um dos maiores índices de jovens fora da escola, contribuindo negativamente para os resultados nacionais, em um tema que o governo estadual propagandeia como prioritário.
Em diversas ocasiões o governo do Estado já utilizou a falta de estudantes como desculpa para o fechamento de turmas e instituições de ensino estaduais, mas nunca apresentou motivos ou políticas públicas para o combate aos altos índices de jovens fora da escola no RS.
Para o CPERS, urge uma discussão qualificada sobre a questão da evasão escolar, que resulte em estratégias para o fim do abandono dos estudos. Para a garantia de uma educação de qualidade e acessível para todos e todas, é necessário investimento real e menos propaganda enganosa!
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