Fake News

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Outro assunto relevante na cobertura do dia é que o TSE ordenou que as redes sociais bloqueiem verba de canais bolsonaristas. O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, identificou uma lista de canais envolvidos com a divulgação de notícias falsas, que têm como único objetivo ganhar dinheiro a partir de repasses feitos pelas redes sociais. Entre os perfis ligados à propagação de desinformação estão o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de seus filhos Carlos (Republicanos-RJ), Flávio (Patriota-RJ) e Eduardo (PSL-SP), assim como os de outros quatro deputados federais e influenciadores bolsonaristas. 

Folha noticia que um site campeão de compartilhamentos no WhatsApp e no Telegram lidera comunicação bolsonarista. A UFRJ aponta avanço do TerraBrasil Notícias, tocado por casal que recebeu auxílio emergencial e crédito federal para habitação.

 

Corregedor do TSE identifica canais de Bolsonaro, seus filhos e deputados governistas entre os propagadores de fake news e determina que redes sociais suspendam monetizações

Weslley Galzo / BRASÍLIA  16 de agosto de 2021 

O presidente Jair Bolsonaro em live. Foto: Twitter/Reprodução

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, identificou uma lista de canais envolvidos com a divulgação de notícias falsas, que têm como único objetivo ganhar dinheiro a partir de repasses feitos pelas redes sociais. Entre os perfis ligados à propagação de desinformação estão o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de seus filhos Carlos (Republicanos-RJ), Flávio (Patriota-RJ) e Eduardo (PSL-SP), assim como os de outros quatro deputados federais e influenciadores bolsonaristas.

“De fato, na maior parte do conteúdo analisado, o que se constata não é a veiculação de críticas legítimas ou a proposição de soluções para aperfeiçoar o processo eleitoral – plenamente garantidas aos cidadãos e aos meios de comunicação –, mas sim o impulsionamento de denúncias e de notícias falsas acerca de fraudes no sistema eletrônico de votação, que, contudo, já foram exaustivamente refutadas diante de sua manifesta improcedência, inclusive pela própria Polícia Federal”, argumentou o corregedor-geral.

O despacho foi dado após análise de pedido da delegada da Polícia Federal (PF) Denise Dias Rosas para a aplicação de medidas cautelares aos indiciados. Rosas foi quem descreveu à Corregedoria-Eleitoral o modo como os investigados produzem e distribuem notícias falsas, com o intuito de se beneficiar financeiramente e politicamente a partir da manipulação de eleitores.

De acordo com a ordem expedida por Salomão, as redes sociais devem apresentar em até 20 dias à Corregedoria-Geral Eleitoral os ganhos de cada perfil, canal e página indiciada no inquérito administrativo do TSE. O despacho ainda obriga as plataformas a deixar de usar algoritmos que sugiram perfis com claro teor desinformativo e político-ideológico. O corregedor-geral observou que o objetivo é evitar que os perfis investigados continuem a se beneficiar financeiramente e politicamente com a veiculação de conteúdos mentirosos.

Os representantes da redes sociais no Brasil serão convocados a participar de encontros com equipes técnicas da Polícia Federal e do TSE, a fim de mitigar os efeitos da desinformação nas plataformas. A data da reunião ainda será definida.

 




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