Falta de professores e estrutura precária
Protesto denuncia falta de professores e estrutura precária no Colégio Inácio Montanha
Escola da Capital sofre com goteiras causadas por fissuras no telhado e há mais de 10 anos cobra a substituição da rede de energia defeituosa
Por Sul 21 sul21@sul21.com.br
Alunos e professores realizaram nesta terça-feira (18) uma manifestação em frente ao Colégio Inácio Montanha, no bairro Santana, em Porto Alegre, para denunciar a falta de professores e os problemas estruturais da rede estadual de educação. A escola está atualmente operando com o telhado danificado, o que provoca goteiras em corredores e salas de aula em dias de chuva, e há mais de 10 anos cobra a substituição da rede de energia defeituosa.
A manifestação marcou o “Dia do Sem”, convocado pela assembleia geral do Cpers, realizada na última sexta-feira (14), com a finalidade de concentrar as denúncias sobre as principais necessidades da rede de ensino que trazem prejuízos para o aprendizado e para a comunidade escolar como um todo. Esta terça-feira marcou o encerramento do primeiro semestre letivo na escola.
De acordo com o vice-diretor do turno da manhã no colégio, Luis Antonio Pasinato, faz mais de dez anos que a instituição encaminhou a solicitação para substituição da rede de energia instalada no local, mas até hoje nenhuma resposta foi dada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
“Desde 2012, temos um processo aberto na Seduc e até o momento não foi liberada a verba para fazer a estação. A nossa rede é antiga e não conseguimos utilizar os equipamentos de ar-condicionado e outros que temos nas salas porque a energia apresenta queda”, diz.
Pasinato afirma que outra demanda indispensável de ser atendida de forma emergencial são obras no telhado da escola, que tem fissuras que causam goteiras nos corredores e salas de aula.
Dirigente do 39º núcleo do Cpers, Neiva Lazzarotto pontua que a situação do Colégio Inácio Montanha é apenas um retrato dos graves problemas aos quais professores e alunos estão submetidos diariamente na educação gaúcha. Segundo ela, dezenas de escolas de todas as regiões de Porto Alegre encaminharam reclamações sobre a falta de professores em disciplinas como História, Geografia, Português, Inglês, Educação Física, Matemática e Ciência e anos iniciais do Ensino Fundamental.
“São dezenas de relatos que chegam sobre a carência de professores nas escolas. Muitas delas, devido ao Novo Ensino Médio, que é tão nefasto para todo o País. Como se não fosse um matriz curricular danosa o suficiente, ainda temos que vivenciar a falta de docentes para disciplinas fundamentais. Isso só mostra a real intenção do governo do Estado em promover um desmonte da educação pública”, afirma.
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