Formação para educação bilíngue de surdos
EDUCAÇÃO BILÍNGUE DE SURDOS
MEC realiza formação docente para educação bilíngue de surdos
Diversos cursos estão sendo oferecidos pelo MEC em parceria com universidades federais do Brasil, sobre práticas educativas e alfabetização de crianças surdas e com surdo-cegueira
Publicado em 02/07/2024
Foto: Jose Cruz/EBC
O Mistério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), está promovendo a formação continuada em educação bilíngue de surdos para professores, gestores e profissionais da educação básica da rede pública de todo o País.
A iniciativa, promovida pela Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (Dipebs) da Secadi, está acontecendo por meio da Rede Nacional de Formação Continuada de Profissionais da Educação (Renafor). A educação bilíngue para os alunos surdos está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024 e na Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015).
Neste ano, a Dipebs fechou parcerias com 18 instituições — universidades e institutos federais — nas cinco regiões do País. Elas irão desenvolver e ofertar cursos para a formação continuada de professores da educação básica, com temas variados voltados para a educação bilíngue de surdos. O primeiro, o Webinário Renafor Educação Bilíngue de Surdos, ocorreu em janeiro e foi transmitido pelo canal do MEC no YouTube. Ao todo, são ofertados quatro cursos presenciais e 15 on-line.
Os interessados em se inscreverem nos cursos precisam atender a alguns requisitos mínimos: ser professor ou profissional da educação básica da rede pública e atuar nas instituições credenciadas junto às secretarias de educação, assim como ter disponibilidade para participar das atividades on-line, dispondo, em média, de oito horas semanais para o curso.
Inscrições – Atualmente, estão abertas as inscrições para os seguintes cursos de formação:
- Práticas educativas para a educação bilíngue de surdos: o aperfeiçoamento é ofertado pela Universidade Federal do Cariri (UFCA), na modalidade presencial, para profissionais da educação que atuam em escolas e classes bilíngues de surdos, em escolas inclusivas e em Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas cidades da Região do Cariri, no Ceará. O curso oferece 50 vagas e será ministrado de setembro a novembro deste ano, com carga horária de 90 horas. As inscrições e demais informações estão na página da universidade.
- Educação bilíngue e alfabetização para a criança com surdo-cegueira congênita: o curso é realizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), com vagas disponíveis em três polos: 50 vagas para Barreiras, 50 para Jequié e 50 para Vitória da Conquista. A formação ocorrerá de agosto a novembro de 2024, com carga horária de 90 horas, na modalidade educação a distância (EaD). As inscrições e informações do currículo do curso estão no formulário.
- Aperfeiçoamento de tradutores e intérpretes de libras-português na educação básica: ofertado pela Universidade Federal de Santana Catarina (UFSC), o curso oferece 500 vagas, na modalidade EaD, com o objetivo de capacitar tradutores e intérpretes de libras-português para atuarem na comunicação entre pessoas surdas e ouvintes. A formação ocorrerá a partir de julho até agosto de 2024 e tem carga horária de 180 horas. Mais informações e inscrições estão disponíveis no site da UFSC.
Investimento – Em 2024, o MEC investiu R$ 5 milhões no programa Renafor para formação de professores que atuam na modalidade da educação bilíngue de surdos no País. O valor é 50% maior do que o orçado no ano anterior. Com isso, foi possível aumentar o número de parcerias com instituições de educação superior, passando de nove para 18 e ampliando em 73% o total de vagas para os professores da educação básica. Neste ano, serão atendidos 5.725 professores, de todo o Brasil. Muitas instituições parceiras estão em sua quarta versão do curso de formação, devido à constante procura. A maioria dos coordenadores que assumiram o projeto de formação são pessoas surdas, o que garante o protagonismo desses profissionais na gestão.
Metodologia – Os métodos dos cursos ofertados variam entre as instituições. A carga horária pode ser de 90 horas (três meses) a 180 horas (seis meses). Todos os cursos têm conteúdo voltado ao aperfeiçoamento, não só na reflexão e na discussão teórica, mas na prática de ensino com metodologias, estratégias e avaliação dos estudantes surdos.
Parceiros – Participam do Renafor o Instituto Federal de Sergipe (IFS) e as seguintes universidades federais: de Pelotas (UFPel); do Rio Grande do Norte (UFRN); do Rio de Janeiro (UFRJ); do Rio Grande do Sul (UFRGS); do Cariri (UFCA); de Minas Gerais (UFMG); Fluminense (UFF); do Triângulo Mineiro (UFTM); de Uberlândia (UFU); de São Paulo (Unifesp); de Santa Catarina (UFSC); do Recôncavo da Bahia (UFRB); do Pampa (Unipampa); do Acre (UFAC); da Bahia (UFBA); e de Goiás (IFG).
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi
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