Funcionalismo sacrificado
CPERS: não é possível que um Estado que concede R$ 9 bi em isenções fiscais siga sacrificando funcionalismo
Da Redação (*)
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, cobrou nesta quinta-feira (31) o compromisso firmado pelo governador Eduardo Leite (PSDB), ainda no período da campanha eleitoral, de estabelecer um processo de diálogo com a entidade e a categoria. A cobrança foi feita após o anúncio feito por Eduardo Leite na manhã de hoje, no Palácio Piratini, do cronograma de pagamento dos salários de janeiro, que mantem o parcelamento dos vencimentos dos servidores públicos estaduais.
Em um vídeo publicado nas redes sociais do CPERS, Helenir Aguiar Schürer disse que “não é possível que um estado que paga R$ 630 para professores(as) como salário de ingresso – e concede R$ 9 bilhões ao ano em isenções fiscais – continue sacrificando o funcionalismo para resolver seus problemas financeiros”. Ela lembrou que professores e funcionários de escola já amargam o 38º mês de parcelamento e atraso de salários.
“A Seduc enviou e-mails para as escolas lembrando os deveres dos educadores. Precisamos lembrar também dos deveres do governo. Entre eles o artigo 35 da Constituição, que fala do pagamento integral dos salários até o quinto dia útil, o cumprimento da Lei do Piso e a aplicação os recursos do Fundeb para o pagamento dos salários”, afirmou ainda Helenir.
Há mais de dez dias, o CPERS enviou pedido de audiência ao governo e até o momento não obteve nenhum retorno, assinalou a presidente do Sindicato. “Quero lembrar que durante a campanha, o governador assumiu o compromisso de estar presente nas audiências com todos os trabalhadores, principalmente com os educadores. O CPERS continua aberto para fazer todos os diálogos possíveis pelo bem da educação. Precisamos urgentemente conversar, governador Eduardo Leite”.
Confira abaixo o vídeo com a avaliação da presidente do CPERS sobre o anúncio feito nesta quinta-feira por Eduardo Leite:
(*) Com informações do CPERS Sindicato.