Funcionários excluídos do concurso
Concurso Público: Eduardo Leite, novamente, exclui funcionários e não contempla as reais necessidades das escolas estaduais
Na noite desta quinta-feira (10), Eduardo Leite (PSDB) anunciou em uma rede social que abrirá novos concursos públicos para professoras e professores no Rio Grande do Sul. As seis mil novas vagas serão divididas em três mil no próximo ano e três mil somente em 2025.
Vendendo a ideia como uma “boa notícia para a educação gaúcha”, o post do governador deixou uma série de questionamentos: com o anúncio do concurso virá a justa valorização salarial para estes profissionais? Quando será aberto um concurso para funcionários(as) da educação? E a principal dúvida: Leite desconhece a realidade das escolas gaúchas ou somente finge que não sabe?
O chamamento do concurso é, sim, essencial para evitar o caos na rede, que tem um iminente apagão no horizonte, mas nem de longe recompõe as reais necessidades, visto que, atualmente, o estado conta com cerca de 25 mil professores(as) e nove mil funcionários(as) contratados(as) e enfrenta também um número crescente de pedidos de aposentadoria. Outra realidade a ser considerada, é o desinteresse da população para o ofício de educador(a), devido aos anos de desvalorização salarial e a sucessiva retirada de direitos da categoria.
Ao focar exclusivamente na contratação de professores(as), o governo parece negligenciar o fato de que a educação não é apenas sobre a presença de mestres qualificados(as), mas também sobre a infraestrutura adequada, a gestão eficiente e a operação fluida das instituições.
Sem as funcionárias e funcionários que mantêm a limpeza em dia, a merenda na mesa, os sistemas operacionais funcionando e a logística em ordem, a missão de proporcionar uma educação de qualidade fica prejudicada. Além disso, os profissionais já presentes nas escolas ficam sobrecarregados, gerando um ambiente de trabalho desequilibrado e desmotivador.
Para o CPERS, uma educação pública de qualidade requer compromisso com a infraestrutura e os recursos humanos que sustentam as instituições de ensino. Portanto, é crucial que o governo do Estado reavalie essa abordagem e considere as reais necessidades das escolas, visando assim um sistema mais robusto e efetivamente eficaz para todos os envolvidos.
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