Gastos na merenda escolar

Gastos na merenda escolar

Gastos na merenda escolar da rede estadual devem ter mínimo 30% de produtos da agricultura familiar

Projeto aprovado pela Assembleia Legislativa iguala percentual já determinado em nível nacional

Itamar Pelizzaro

Projeto sobre merenda escolar iguala ao percentual já definido em nível nacional

Projeto sobre merenda escolar iguala ao percentual já definido em nível nacional 

A Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei estabelecendo regramento para a aquisição de produtos para a merenda escolar. A exemplo do que é feito em nível federal, a iniciativa do deputado Miguel Rossetto determina que o Estado aplique o percentual mínimo de 30% dos seus recursos na compra de produtos da agricultura familiar gaúcha para a alimentação escolar, que atende atualmente cerca de 741 mil alunos da rede pública estadual. O projeto agora será enviado para sanção do governador Eduardo Leite.

No país, desde 2009 o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) definiu que ao menos 30% dos recursos da alimentação escolar sejam gastos com a compra de produtos da agricultura familiar. A iniciativa de Rossetto determina o mesmo percentual em nível estadual.

“A aprovação desse projeto vai aumentar o estímulo para qualificação da produção da agricultura familiar e das nossas agroindústrias familiares e cooperativas no Estado e será mais um estímulo ao desenvolvimento das nossas regiões, além de qualificar a alimentação dos nossos alunos da rede estadual”, afirmou Rossetto.

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, a iniciativa parlamentar é positiva. “Isso abre novas possibilidades de mercado para os produtores de alimentos de qualidade para as pessoas que são atendidas pelas entidades. Ganham todos, produtores e a sociedade”, disse o dirigente. A Fetag-RS não tem cálculos sobre o impacto da medida no campo, mas Joel acredita que será “muito bom”.

“Agora temos de trabalhar para os órgãos cumprirem a legislação e organizarmos os produtores para ofertar os produtos”, afirmou.

Secretaria da Educação do Estado informou que,em 2023, foram gastos R$ 220 milhões com a merenda escolar, somando verbas federais, do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), e estaduais, do programa Merenda Melhor. “Para compras da agricultura familiar, utilizamos o recurso federal, utilizando 59%, bem mais do que o mínimo que já existia, que era de 30%”, informou a Seduc, por meio da assessoria. A pasta destacou que o uso da verba federal é regida pela Resolução 06/2020 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Segundo a Seduc, dos recursos aplicados, 38% eram federais e 62% estaduais.

Aprovado com 46 votos favoráveis, o Projeto de Lei 188/2023 deve ser encaminhado ao Palácio Piratini nos próximos dias. O governador Eduardo Leite poderá sancionar, vetar (total ou parcialmente) ou enviar para promulgação do presidente da Assembleia. Conforme o gabinete de Rossetto, o governo estadual deverá publicar anualmente no Portal da Transparência as informações relativas aos valores destinados para a alimentação escolar e a aplicação dos percentuais previstos pela nova lei.

FONTE:

https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/rural/gastos-na-merenda-escolar-da-rede-estadual-devem-ter-m%C3%ADnimo-30-de-produtos-da-agricultura-familiar-1.1506761




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