Mais uma vez o governo Tarcísio de Freitas/Renato Feder impõe às escolas públicas estaduais uma visão retrógada e utilitarista de educação, por meio de alterações na organização curricular da rede estadual de ensino para o ano letivo de 2025.

Ao mesmo tempo em que estabelece que a duração da aula volta a ser de 50 minutos (atualmente é de 45 minutos), o governo reduz a carga horária de disciplinas importantes para a sólida formação dos estudantes, como História e Geografia. A redução das aulas dessas disciplinas no ensino fundamental empobrece a base da formação de nossas crianças e isto repercutirá, evidentemente, em todas as etapas de sua vida escolar e acadêmica.

Devemos lembrar que, na disciplina de Geografia, por exemplo, se estudam questões fundamentais, entre elas o meio ambiente, hoje tão devastado pela ação excessiva e predatória do ser humano, o que provocou a situação de emergência climática em que vivemos. A disciplina de História, por sua vez, é fundamental para o estudante possa conhecer o passado, para compreender a sociedade do presente, ao mesmo tempo em que ela é base necessária para que se possam construir princípios, conceitos e valores importantes para a cidadania.

Ampliar aulas de Língua Portuguesa e Matemática é uma medida positiva. Entretanto pode ser feita reduzindo-se o acesso dos estudantes a conhecimentos fundamentais, ministrados nas disciplinas que mencionamos.

Lutamos por uma educação humanista, que desde o ensino infantil até o ensino superior forme pessoas capazes de compreender, interagir e transformar a sociedade. A educação não pode ser, apenas, um instrumento de formação profissional, entendida como uma formação que vise atender necessidades do chamado mercado de trabalho, mas deve formar indivíduos dotados de repertório e autonomia intelectual, capacitados a tomar decisões sobre sua vida pessoal e profissional, lutar pela sua qualidade de vida e contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade e do país.

A redução da carga horária dessas disciplinas também terá impacto entre os professores, com a possibilidade de milhares de demissões. Não vamos aceitar mais esse ataque do governo da privataria e do desmonte da educação! Lutaremos nas escolas, nas ruas e em todos os espaços.

De minha parte quero dizer que só abaixo a cabeça para rezar e quanto a levanto é para lutar!

Professora BebelDeputada Estadual – PTSegunda Presidenta da APEOESP

FONTE:

https://searadionaotoca.blogspot.com/2024/11/professora-bebel-mudancas-de-tarcisio.html