Golpe do site falso do Enem tem prejuízo estimado em R$ 3 milhões
Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, uma operação contra fraudes na internet envolvendo a edição de 2024 do exame
Estadão Conteúdo - Redação O Estado de S. Paulo
Estudantes eram induzidos a fazer pagamentos indevidos. sidneydealmeida / stock.adobe.com
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (10), uma operação contra fraudes na internet envolvendo o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O crime incluía publicidade enganosa em redes sociais e o uso indevido de sinais públicos do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela prova. Por meio disso, os bandidos induziam os estudantes a fazerem pagamentos indevidos das taxas de inscrição da prova em 2024.
A Operação Só Oficial envolve o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em Praia Grande, litoral de São Paulo. Além disso, conforme a PF, "medidas restritivas de bens foram implementadas para bloquear o montante obtido com a prática do crime investigado, que gira em torno dos R$ 3 milhões".
Durante o período oficial de inscrições do Enem, entre 27 de maio e 14 de junho de 2024, os investigados criaram páginas falsas na internet para simular o ambiente oficial do Inep. Por meio desses sites, os candidatos eram levados a fazer pagamentos via Pix - eles acreditava que estavam se inscrevendo no exame.
Os valores pagos, ainda de acordo com a investigação, somaram pelo menos R$ 3 milhões. O dinheiro foi direcionado para uma conta bancária vinculada a uma empresa privada que não estava autorizada a receber tais valores – oficialmente apenas o Inep aparece como recebedor dessas taxas.