Governador deveria ter vergonha
“O governador deveria ter vergonha de anunciar superávit diante da situação dramática das escolas”, denuncia Luciana Genro
O mandato da deputada Luciana Genro (PSOL) tem acompanhado a situação de diversas escolas gaúchas que não têm condições físicas e estruturais para receber seus estudantes. A parlamentar foi uma das proponentes de Audiência Pública das comissões de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia e de Cidadania e Direitos Humanos para tratar da temática.
“O governador deveria ter vergonha de anunciar superavit de R$4,5 bi diante da situação dramática das escolas do Estado. Do que adianta ter superavit quando nós estamos com as escolas nessa situação de petição de miséria, caindo aos pedaços, sem condições de oferecer um local seguro aos alunos que voltam às aulas?” denunciou Luciana Genro. Lembrou que seu mandato visitou diversas escolas que passam por situações de precariedade na estrutura física e construiu um dossiê, entregue à Seduc, com todas essas demandas.
Na audiência, diretores de diversas escolas do estado denunciaram as situações desesperadoras em que se encontram, com falta de falta de espaço para aulas e para a prática de esportes, problemas na rede elétrica e até mesmo escolas que estão em prédios improvisados, como o caso da Escola Manoel de Almeida Ramos, em Capela de Santana, que está funcionando em um porão de um salão paroquial
As Comissões Parlamentares irão propor a criação de um departamento ou setor dentro da Secretaria Estadual de Educação que seja responsável pela realização dos projetos, não dependendo da estrutura técnica da Secretaria de Obras do estado. Os parlamentares também devem encaminhar a proposta de criação de uma Frente Parlamentar para ouvir os diretores, visitar as escolas e realizar o diagnóstico da urgência destas demandas, auxiliando o próprio governo do estado nestes reparos necessários.
Por fim, os deputados devem oficiar o governador Eduardo Leite, cobrando um cronograma com a previsão das obras nas escolas estaduais, e de como serão direcionados os recursos propagandeados para a execução das mesmas.
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EDUCAÇÃO: REAJUSTE PROPOSTO PELO GOVERNO É INSUFICIENTE
O plano de reajuste para o magistério encaminhado pelo governo não atende aos interesses dos trabalhadores da educação. A deputada Luciana Genro (PSOL) destacou, em reunião da Comissão de Educação, a necessidade de haver reajuste para todos os professores, incluindo os aposentados, e para os funcionários de escola, que foram deixados de fora do reajuste.
A proposta do governo é apenas em cima do piso da categoria e somente para professores da ativa, mas exclui cerca de 30 mil professores aposentados, que desde 2019 pagam novamente o desconto da previdência, e 25 mil funcionários de escola, que possuem seus salários bases na faixa de R$620, sendo parte do grupo com os piores salários no estado.
O poder de compra dos trabalhadores em educação foi reduzido em 51,3% por conta da inflação. Além desta ser a primeira proposta de reajuste em sete anos, professores e funcionários de escolas convivem com cortes no adicional de difícil acesso e nos dias de greve já recuperados, aumento da contribuição previdenciária e cobrança dos aposentados, além da perda de uma série de direitos adquiridos ao longo da carreira, como avanços por tempo de serviço, triênios e quinquênios.
Agora, Eduardo Leite faz uma propaganda de um plano que prejudicará diversos trabalhadores: a proposta prevê que a parcela de irredutibilidade seja absorvida pelo subsídio, resultando em uma política imoral, na qual quanto mais anos trabalhados, menor o reajuste. Professores terão que tirar dinheiro do próprio bolso para que o governo pague o piso do magistério, um direito dos trabalhadores e trabalhadoras!
Além dos constantes ataques aos professores, outro problema que tem assolado a educação pública é a precariedade em que se encontram as escolas. São diversos relatos recebidos pela deputada Luciana Genro, que vem cobrando ativamente do governo a respeito das reformas e reparos necessários. A educação gaúcha precisa ser prioridade, e isso passa por valorização real a todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação!
