Governo volta atrás
Governo volta atrás e define que professores estaduais vão trabalhar de casa durante suspensão das aulas
Determinação da Secretaria de Educação do RS é válida por 15 dias, a partir de 19 de março
EDUARDO MATOS
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) divulgou nesta terça-feira (17) as ações que serão adotadas durante a suspensão das aulas na rede pública estadual. O Governo acabou voltando atrás na decisão anunciada na segunda-feira (16) de manter professores e servidores trabalhando normalmente nas escolas, mesmo sem que os alunos estivessem presentes. A medida havia sido duramente criticada pelo CPERS Sindicato.
As aulas presenciais serão suspensas por 15 dias, a partir de quinta-feira (19), com o objetivo de evitar a disseminação do coronavírus no Rio Grande do Sul. O prazo poderá ser prorrogado. Os docentes vão manter as atividades, mas através de teletrabalho, e terão de programar aulas até 2 de abril, prazo final do decreto. As atividades serão executadas pelos alunos através do método de Ensino a Distância (EAD), contando como carga horária. A entrega das atividades pelos alunos será feita a partir do dia 3 de abril.
“As escolas estaduais deverão permanecer abertas e em normal funcionamento no que se refere às atividades administrativas durante o referido período, cabendo às direções de escola tal responsabilidade”, diz o plano de trabalho.
Dúvidas de estudantes deverão ser sanadas com quem estiver nas escolas ou através do site Portal Educacional. As formações continuadas dos professores seguirão ocorrendo, mas através de um curso on-line no portal da Secretaria da Educação.
Segundo o documento, “a equipe diretiva (Diretor, Vice-Diretor e Coordenador Pedagógico) exercerá suas atividades em regime de revezamento de suas jornadas de trabalho, a fim de evitar aglomerações, garantindo o funcionamento mínimo do serviço público”.
Em relação à merenda escolar, as escolas deverão disponibilizar refeições, “em consonância com a demanda, a todos os estudantes durante o período de suspensão presencial das aulas, mantendo-se, assim, o cardápio de alimentação, para tanto será necessário mapear a demanda e organizar o revezamento dos servidores de escola (merendeiros, monitores, dentre outros)”.
Foram liberados R$ 2 milhões para que as escolas estaduais reforcem a aquisição de materiais de limpeza e higiene pessoal, como álcool gel e sabonete líquido.
— Estamos diante de um momento que exige a colaboração de todos para o controle dessa pandemia. Por meio das orientações repassadas às escolas e coordenadorias, queremos oferecer todo o suporte necessário durante o período de suspensão das aulas. Estaremos diariamente em contato com os servidores da rede estadual de educação até que esta adversidade esteja superada — diz o secretário estadual da Educação, Faisal Karam.
O atendimento da Seduc, das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) e das equipes diretivas das escolas irá funcionar no horário normal em regime de revezamento dos servidores.