Grades da "educação" pública

Grades da "educação" pública

Por trás das grades da "educação" pública

Professor agredido em sala de aula no RJ diz que não teve apoio após denunciar o caso

Publicado por Hully Rosário

Nesta ultima terça-feira (18), foi gravado vídeo por aluno no Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Mestre Marçal, em Rio das Ostras, no interior do estado do Rio de Janeiro, em que professor é hostilizado e agredido em sala de aula, pelos próprios alunos.

Nas imagens, um adolescente arremessa pochete em direção ao professor, rasga prova, outro quebra o quadro e proferem ofensas de cunho racista, em uma turma de estudantes do 9º ano.

O professor da rede pública, Thiago dos Santos Conceição, de 31 anos, declarou ter pedido ajuda da coordenação da escola onde trabalhava, durante as ofensivas. No entanto, não foi ouvido por ninguém e, quando levou as queixas à Secretaria de Educação do município, foi aconselhado a deixar a escola.

Um dos vídeos mostra eu pedindo ajuda na porta, sendo que ninguém me ouve, ninguém vem falar comigo. Eu recolho o meu material e vou à direção.

(...) Sem nenhum apoio, eu fui chorando, consegui chegar à Secretaria de Educação muito abalado. Pediram que eu fosse à Ouvidoria, fiz a denúncia e não conformado fiquei na Secretaria aguardando que alguém falasse comigo. A subsecretária me atendeu e falou que era muito triste aquele situação e que na escola não teria vaga. A solução era sair da escola.

Diante da repercussão, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o episódio causado pelos adolescentes. O docente pediu demissão da escola. Pontua que já havia recebido ameaças de morte na mesma sala. Entrevistado, demonstrou compaixão pelos alunos:

Muito triste por não ter conseguido mudar a situação deles. Triste por não ter deixado nenhum legado para eles. A escola tem que ter um olhar especial para essa turma, para os professores e para esses alunos, porque eles são reféns da sociedade e estão gritando por socorro.

Conforme a Secretaria da Educação do município, os alunos envolvidos foram suspensos. O Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude, informou que um dos estudantes é maior de idade e que ações cabíveis serão tomadas.

A prefeitura afirma que o professor receberá todo o suporte jurídico e psicológico, e que tomará medidas para que o apoio aos educadores, também na área psicológica, seja ampliado.

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