História e geografia obrigatórias
História e geografia obrigatórias e Enem sem mudanças: entenda as propostas do MEC para o novo ensino médio
Ministério estuda quais pontos irão tramitar via projeto de lei, que deve ser enviado até setembro ao Congresso, e quais serão implementados via portaria ou decreto
Por Extra — Rio
Sala de aula no Rio — Foto: Arquivo
O Ministério da Educação apresentou, na noite da última segunda-feira, uma série de propostas para mudar o novo ensino médio — reforma que vem recebendo diversas críticas por parte de especialistas em educação, alunos e professores.
Essas mudanças, no entanto, ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional. Um projeto de lei com as alterações deve ser enviado até setembro, segundo o ministro Camilo Santana. Veja algumas das principais mudanças propostas pelo MEC:
- Tempo de aula - Aumento da carga horária para a formação básica dos estudantes para 2,4 mil horas. A mudança prevê que 80% da carga horário curricular seja de um conjunto de disciplinas comum do currículo — atualmente 60% das horas são de áreas comuns.
- Enem - A prova teria o formato mantido em 2023 e 2024, com avaliação apenas da formação geral básica, enquanto se discute suas mudanças no novo Plano Nacional de Educação (PNE).
- Disciplinas obrigatórias - As áreas de conhecimento comum a serem cursadas por todos os estudantes propostas pelo ministério são inglês e espanhol (alternativamente), arte, educação física, literatura, história, sociologia, filosofia, geografia, química, física, biologia e educação digital. Atualmente, as disciplinas obrigatórias contemplam apenas português, matemática, educação física, arte e filosofia.
- Ensino à distância - O ministério propõe que seja vedado a educação à distância para o curso das disciplinas básicas.
- Itinerários formativos - estudante passaria a ter duas, ao invés de quatro, opções de percursos de aprofundamento: linguagens, matemática e ciências da natureza; e linguagens, matemática, e ciências humanas e sociais; além da formação técnica e profissional.
A partir do dia 21, o MEC passará a construir uma proposta definitiva para levar para a avalição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caberá a Lula definir qual melhor formato de encaminhamento das mudanças. Não há definição sobre quais pontos irão tramitar via projeto de lei e quais serão implementados via portaria ou decreto.
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