Você já pensou nas consequências que a redução dos dias de trabalho dos professores pode trazer para eles mesmos e para sua Instituição de Ensino?

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Antes de mais nada, um esclarecimento: este artigo não trata de redução de jornada de trabalho ou qualquer tipo de pauta correlata. Trata de uma estratégia de distribuição de um número fixo de aulas ao longo da grade horária semanal de escolas ou faculdades para ser aplicada na alocação de professores horistas.

Ao montar uma grade horária, o gestor escolar pode adotar estratégias diferentes ao alocar um determinado professor. Para ilustrar, exemplificarei estas duas estratégias, que são diametralmente opostas, sendo aplicadas no seu limite.

Estratégia 1: Dispersão de aulas

Esta imagem retrata bem o resultado da estratégia da dispersão: a grade horária semanal do Prof. Bruno ficou distribuída ao longo de todos os dias da semana. Como é um professor que tem 6 aulas semanais, ele acabou sendo alocado em duas aulas em apenas um dia da semana. Nos demais dias,  apenas uma aula diária.

Estratégia 2: Concentração de aulas

Antagonicamente à imagem anterior, esta retrata o efeito da estratégia da concentração: as aulas do Prof. Bruno ficaram concentradas no menor número de dias possível. Como o turno de trabalho tem apenas 5 períodos, naturalmente, foram necessários dois dias de trabalho para alocar todas as aulas.

Ok! Mas que implicações essas duas estratégias têm? Várias! No entanto, as implicações serão positivas ou negativas de acordo com o o seu caso.

Aqui vai um vídeo adicional sobre o assunto:

A redução dos dias de trabalho pode…

…economizar tempo do professor

Se você estiver tratando de um professor horista, que basicamente é pago por hora-aula ministrada, a redução dos dias de trabalho pode ser ótimo para ele. Ao concentrar suas aulas no menor número de dias semanais, ele terá os demais dias para outras atividades, quaisquer que sejam.

Além do mais, ele desperdiçará menos tempo de deslocamento. Baseando-se no exemplo das imagens, o primeiro caso demanda 10 deslocamentos de algum lugar para a escola ou vice-versa (são 5 dias de trabalho). No segundo caso, são apenas 4 deslocamentos (2 dias). Se a Instituição de Ensino estiver em um grande centro urbano ou, ainda, se o professor morar longe da escola, o tempo economizado entre os dois casos pode ser bastante relevante.

… reduzir custos da escola ou do professor (ou de ambos)

Uma das partes – ou ambas – gastarão menos com a estratégia de concentração de aulas em detrimento da dispersão. Além da economia de tempo, a redução dos dias de trabalho, que reduz a quantidade de deslocamentos, implica em gastos menores com transporte. Logo, o desembolso para este fim, seja por parte da escola ou do próprio professor (isso depende do que foi acordado), será menor.

Porém, a redução dos dias de trabalho também pode…

… sobrecarregar os alunos

Se por um acaso, as aulas de um determinado professor são de uma única turma, a redução dos dias de trabalho gerará um excesso de aulas diárias para os alunos desta turma com este professor. Para a Educação Básica, principalmente, isso é, normalmente, bastante indesejado. Porém, para o Ensino Superior há casos que este é menor dos problemas, quando não é desejado.

… prejudicar a diminuição de janelas

Ao distribuir as aulas ao longo dos dias é muito mais fácil diminuir a ocorrência de janelas de aula. Logo, se o objetivo principal da sua escola for reduzir as janelas, ao promover a redução dos dias de trabalho, você pode prejudicar esta prioridade. Nos próximos dias, haverá um artigo exclusivamente sobre este tema, dada as implicações.

A redução dos dias de trabalho no PowerCubus

Dentre os objetivos de otimização que o PowerCubus oferece aos seus usuários, um deles é a redução dos dias de trabalho dos professores. Neste outro artigo, apresentei os 7 objetivos que você pode configurar no PowerCubus, visando a construção de um horário escolar inteligente para sua Instituição de Ensino.

E aí, no caso da sua Instituição, vale à pena a redução dos dias de trabalho?

Fale mais sobre isso na área de comentários abaixo.

Nosso objetivo é contribuir com informações e ampliar o debate, justamente para permitir que escolas montem grades horárias que gerem benefícios para si, seus alunos e professores, seja no âmbito da qualidade de ensino, na satisfação pessoal ou na redução de custos.

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Camilo Bornia