Ignorância sobre a fome no Brasil

Ignorância sobre a fome no Brasil

Estudo escancara ignorância de Bolsonaro sobre a fome no Brasil. Leia a íntegra - Congresso em Foco

Pessoas reviram caminhão de lixo atrás de comida em bairro nobre de Fortaleza. Foto: Reprodução

 

ESTUDO ESCANCARA IGNORÂNCIA DE BOLSONARO SOBRE A FOME NO BRASIL. LEIA A ÍNTEGRA

 e     27.08.2022 

A declaração do presidente Jair Bolsonaro de que há exagero no levantamento que aponta a existência de 33 milhões de brasileiros famintos no Brasil foi alvo de críticas nas redes sociais e voltou a jogar luzes sobre o estudo contestado pelo candidato à reeleição. Nem mesmo o crescimento no número de pedintes, de pessoas em situação de rua ou vasculhando o lixo atrás de comida sensibilizou o presidente, para quem “fome no Brasil não existe da forma como é falado”.

A realidade ignorada por Bolsonaro foi captada pelo estudo sobre insegurança alimentar realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), com execução em campo do Instituto Vox Populi. A iniciativa, batizada de II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II Vigisan), conta com o apoio das organizações não-governamentais Ação da Cidadania, ActionAid Brasil, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga, Oxfam Brasil e do Sesc.

Insegurança alimentar

No Brasil atual, apenas quatro em cada dez domicílios conseguem manter acesso pleno à alimentação – ou seja, estão em condição de segurança alimentar. Os outros seis lares se dividem numa escala, que vai dos que permanecem preocupados com a possibilidade de não ter alimentos no futuro até os que já passam fome. O número total de pessoas que não têm o que comer em casa subiu de 19,1 milhões, no final de 2020, para 33 milhões, em abril de 2022, com a pandemia e o abandono de políticas sociais e o aumento da desigualdade social no país, conforme a pesquisa. A fome dobrou nas famílias com crianças de até dez anos nesse período.

A declaração do presidente Jair Bolsonaro de que há exagero no levantamento que aponta a existência de 33 milhões de brasileiros famintos no Brasil foi alvo de críticas nas redes sociais e voltou a jogar luzes sobre o estudo contestado pelo candidato à reeleição. Nem mesmo o crescimento no número de pedintes, de pessoas em situação de rua ou vasculhando o lixo atrás de comida sensibilizou o presidente, para quem “fome no Brasil não existe da forma como é falado”.

A realidade ignorada por Bolsonaro foi captada pelo estudo sobre insegurança alimentar realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), com execução em campo do Instituto Vox Populi. A iniciativa, batizada de II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II Vigisan), conta com o apoio das organizações não-governamentais Ação da Cidadania, ActionAid Brasil, Fundação Friedrich Ebert Brasil, Ibirapitanga, Oxfam Brasil e do Sesc.

Insegurança alimentar

No Brasil atual, apenas quatro em cada dez domicílios conseguem manter acesso pleno à alimentação – ou seja, estão em condição de segurança alimentar. Os outros seis lares se dividem numa escala, que vai dos que permanecem preocupados com a possibilidade de não ter alimentos no futuro até os que já passam fome. O número total de pessoas que não têm o que comer em casa subiu de 19,1 milhões, no final de 2020, para 33 milhões, em abril de 2022, com a pandemia e o abandono de políticas sociais e o aumento da desigualdade social no país, conforme a pesquisa. A fome dobrou nas famílias com crianças de até dez anos nesse período.

A edição recente do relatório mostra que mais da metade – 58,7%, da população brasileira convive com a fome em algum grau – leve, moderado ou grave fome. O país regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990. Foram feitas entrevistas em 12.745 lares brasileiros, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e no Distrito Federal. O nível de insegurança alimentar foi medido pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), metodologia também utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Perfil dos famintos

 




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