A pandemia causou impactos e prejuízos na educação e na aprendizagem. Porém, esses impactos não são irreversíveis. O que caracteriza o ser humano é a capacidade de aprender ao longo de toda vida. Somos seres inacabados que nos humanizamos e formamos até morrer. Outros fatores impactam a educação antes e durante a pandemia.

O aumento da pobreza e a fome, as desigualdades sociais e tecnológicas, a falta de infraestrutura nas escolas, a negação do direito à educação, o descumprimento das metas e a ausência de iniciativas pedagógicas. Não é inteligente nem suficiente que autoridades exijam retorno às aulas sem um plano pedagógico com estratégias que enfrentem os prejuízos.

São necessárias políticas públicas, reforço escolar e apoio integral aos estudantes e famílias. As ciências da educação, como a pedagogia e a psicopedagogia; as ciências do desenvolvimento humano; a psicologia e a ciência cognitiva; as neurociências e as artes, precisam ser mobilizadas para orientarem as escolas.

Construir um plano de reforço requer prestar muita atenção às necessidades das crianças e jovens, preparar bem seus educadores e desenvolver comunidades educacionais que não sejam apenas atraentes, mas que contribuam para o prazer de ensinar e aprender.

Não há idade, tempo e nem hora para aprender. Aprendemos sempre e constantemente. Cada um aprende de forma peculiar. Portanto, as aprendizagens prejudicadas pela Covid-19 podem ser reconstruídas e revertidas. Educação é processo e não produto com prazo de validade. Tratando-se do ser humano e da educação nada é impossível e irreversível.

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