Importância da educação popular
Gildo Nei
O Magistério Público tem várias situações internas a serem debatidas, enfrentadas e encaminhadas antes de conseguir protagonizar embates com o SISTEMA que nega a importância da EDUCAÇÃO POPULAR para as mudanças que são fundamentais para atingirmos uma condição de cidadania e de nação.
A condição dos professores aposentados que são tratados como um item de despesa ( e colocados para MORRER), a situação dos salários arrochados, parcelados e desestimulantes( aviltantes), e claro a condição de sub- classe a que estão sujeitos os nossos colegas contratados.
E ESSE é um tema muito caro a nossa categoria e creio eu deve ser tratado com respeito as diversidades de pensamento, mas ser tratado. Não podemos ignorar que quase a metade e em muitas escolas a maioria de nossos colegas são contratados ( e incluo aqui aos educadores dos demais setores: manutenção, alimentação, secretaria, monitoria....), pois também fazem parte deste universo. Sou um defensor de que haja sempre Concursos Públicos, porém aprendi que entre o ideal, e o possível, existe também o REAL.
Isso mesmo, o que fazer? Sempre me perguntei: Defendemos um plano de carreira baseado em 1972 ( sem ceder em nada e perdemos tudo) , sugeri em algumas oportunidades ( baseado na minha militância sindical no MSTR e no MPA) que deveríamos nos preparar para as mudanças.
Elas eram REAIS, (ao propor isso ouvi coisas impublicáveis), e as mudanças vieram, a conta gotas, uma a cada governo ( há uma excessão), até consumarem-se todas as mudanças que temos hoje. Bom como sindicalista( e também como ex- secretario municipal de educação), aprendi que ao vislumbramos horizontes de mudanças( e elas acontecem a cada dia querendo ou não), devemos nos preparar.
E o que faltou para toda a categoria foi a compreensão dessa conjuntura e a discussão e construção com toda a base de um NOVO PLANO DE CARREIRA que atendesse aos nossos anseios.
Sem isso estamos lutando por exatamente o que? Valorização de que?( vivemos correndo atrás das pautas dos governos que consideram educação um problema e não a solução).
Por isso entendo que nossa luta deve ser pela imediata construção de NOSSO PLANO DE CARREIRA, falei NOSSO, construído em cada ESCOLA por cada um de NÓS. Só assim retomaremos o caminho de reconquistas e da valorização de nossas categorias, da Escola Pública e da Educação de nosso país.
Diante disso devemos incluir sim, a questão dos contratos e definitivamente tratarmos esses colegas como iguais. Se nāo nos unirmos em torno de um único objetivo, seremos massa de manobra de grupos ( respeito as divergências) que concretamente não conseguem representar o conjunto dos anseios de nossa categoria, pois ignoram as realidades e diversidades de cada escola, região e pessoa.
Entendo que simplesmente dispensar um colega que trabalha a 15, 20 anos, hoje seria de uma maldade só comparável a descontar IPERGS dos nossos aposentados. Portanto temos muitas lutas, muitas situações divergentes, mas que podem sim ser acolhidas e construídas, em e por algo maior NOSSO NOVO PLANO DE CARREIRA.
Construído por NÓS e transformado e nossa BANDEIRA de luta em todos os enfrentamentos que teremos. Sabendo o que queremos e pelo que lutamos nos uniremos novamente em torno do nosso sindicato, da nossa educação e poderemos reescrever nosso FUTURO.
Gildo Nei