Interdição de escola na Ilha da Pintada
Laudo determina interdição total de escola na Ilha da Pintada
Secretaria de Obras identificou rachaduras e fará novas análises. Erosão do Rio Jacuí se aproxima de instituição de ensino médio. Aulas estão sendo realizadas de forma remota
Gabriela Plentz
Cerca de 450 alunos estudam no local, que foi atingido pela enchente de maio
de 2024. Mateus Bruxel / Agencia RBS
A Secretaria de Obras do Estado emitiu nesta quarta-feira (9) um laudo interditando totalmente a Escola Estadual de Ensino Médio Almirante Barroso, na Ilha da Pintada, em Porto Alegre. Cerca de 450 alunos estudam no local.
Conforme a Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul, o objetivo da medida é garantir a segurança da comunidade escolar enquanto são realizadas análises mais profundas da estrutura. Em comunicado nas redes sociais, a direção da escola havia informado, no início da semana, que a erosão do Rio Jacuí se aproximou dos fundos da instituição.
As aulas estão sendo realizadas de forma remota após a suspensão das atividades presenciais na terça-feira (8). Em nota, a Seduc afirmou que ainda verifica qual a melhor forma de acolher os estudantes para retomar as aulas presencialmente.
— É uma escola que é bem representativa aqui no bairro. Eu estudei ali, minha irmã, minhas primas. Se a Almirante Barroso acabar, acaba a Ilha — avalia Susi Andrade, dona de casa e mãe de um aluno do sétimo ano na instituição
— Já que faltam dois meses, se tiver que continuar remoto, continue e façam as obras logo. Faz um ano que não temos sossego no bairro — complementa.
Outro documento, de terça, havia indicado o bloqueio parcial em decorrência de rachaduras em pilares do prédio principal. O local também não pôde ser usado como ponto de votação nas eleições do último domingo (6) devido aos problemas estruturais.
A escola foi atingida pela enchente de maio deste ano. Durante o mês de agosto, as aulas foram suspensas por mais de uma vez, após o surgimento de novas erosões nos fundos e no entorno da instituição.
— Como mães, nós temos receio de que aconteça algo pior com as crianças lá. A gente quer que as crianças voltem ao presencial, mas com esse tipo de insegurança fica complicado. Tem que fazer as obras na escola, não queremos que fechem as portas da Almirante Barroso. Essa escola tem uma história, é um patrimônio nosso —afirma Patrícia Braga de Freitas, mãe de uma aluna do segundo ano do ensino fundamental.
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