Investimentos reduzidos na Educação

Investimentos reduzidos na Educação

Por Jornal Nacional   

Educação perde R$ 21 bilhões em investimentos na educação, no primeiro ano da pandemia

Educação perde R$ 21 bilhões em investimentos na educação, no primeiro ano da pandemia

Em 2020, o primeiro ano da pandemia que afastou das escolas professores e alunos, os estados e os municípios brasileiros investiram em educação R$ 21 bilhões a menos do que no ano anterior.

Não é só a escola que está mudada. Os alunos também voltaram diferentes, com problemas a resolver que não tinham antes da pandemia: de defasagem no aprendizado até desnutrição. E, mesmo diante de uma tarefa enorme, o poder público reduziu os investimentos em educação em 2020 na comparação com 2019. É o que mostra o Anuário da Educação - um raio-X do ensino no país.

O corte, nos municípios, foi de R$ 10 bilhões e, nos estados, foi de mais de R$ 11 bilhões.

A economia também tem a ver com as escolas fechadas. Professores temporários foram demitidos e gastos de custeio caíram, mas a presidente-executiva do Todos pela Educação, entidade responsável pelo Anuário, diz que o dinheiro deveria ter sido usado para diminuir o prejuízo dos alunos.

“O investimento para que haja a formação de professores, para que a gente pudesse ter tido um ensino remoto mais eficiente, para ter avaliação da aprendizagem dos alunos, um processo de recuperação. E, agora, inclusive, aumentar a oferta de escolas em tempo integral seria fundamental para acelerar a recuperação da educação agora nos próximos meses”, explicou a presidente Priscila Cruz.

É como se a educação fosse um livro de 1 mil páginas, e a pandemia interrompeu a leitura. Agora que as escolas reabriram, não basta simplesmente voltar do ponto em que se estava. É preciso ter um plano para a retomada do ensino. Capítulos anteriores terão que ser revistos, ao mesmo tempo em que se avança na história: um planejamento que leva tempo e custa dinheiro.

No último ano do ensino médio em São Paulo, Gabriel voltou para a escola e agora usa o chip de internet dado pelo governo para fazer mais do que a lição de casa.

“Aproveito para estudar para o Enem”, contou Gabriel Caie, de 18 anos.

Reforço no currículo e nos protocolos de segurança foi o planejamento das escolas municipais de Mata de São João, Região Metropolitana de salvador, que tranquilizou os pais.

“Ao perceber todos os protocolos, toda a estrutura que foi montada, eu me senti segura”, disse Tainará Oliveira, agente de combate a endemias e mãe de Noemi.

E a Noemi finalmente voltou à rotina escolar.

“Aprendo bem melhor do que em aulas remotas”, falou Noemi Vitória da Silva Oliveira Freitas, de 15 anos, que está no nono ano do ensino fundamental.

“O trabalho daqui para diante vai ter que ser triplicado, mais intenso, com mais investimento nas escolas, senão a gente não vai conseguir recuperar todo esse prejuízo causado pelo fechamento das escolas”, continuou a diretora do Todos Pela Educação.

O Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação afirmou que redução nos investimentos pode ser explicada em alguns casos pela retirada do pagamento dos aposentados da conta da educação.

A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação afirmou que fechamento das escolas na pandemia pode ser uma das explicações do recuo.

Ministério da Educação não comentou.


https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2021/08/03/estados-e-municipios-reduziram-investimentos-em-educacao-em-r-21-bi-em-2020.ghtml 

Veja a íntegra do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2021

Para melhor compreensão do cenário educacional brasileiro, este infográfico busca oferecer um panorama geral que vai do número de crianças e jovens na escola aos resultados das avaliações de aprendizagem, com destaque para as desigualdades que ainda persistem nas diversas etapas de ensino, passando pela formação dos professores. Na seção Estados, Distrito Federal e Capitais, você encontra um retrato semelhante para cada um dos 26 estados e para o Distrito Federal.




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