IPE revela sua incompetência
17/6/2023
A questão da crise no IPE saúde é, como disse o escritor Gabriel Garcia Marques, “A crônica da morte anunciada.”
Desde o início do primeiro governo Leite, o abandono do Instituto que ficou longos meses para ter diretoria constituída, revelava-se como desafio às suas “façanhas.”
Oito anos sem reajuste salarial e consequentemente sem aumento do repasse ao IPE, levaram ao caos o Instituto. Aliás, o IPE não pode recorrer aos empréstimos consignados como os servidores que hoje estão negativados em sua esmagadora maioria.
É bom ressaltar que o fracasso do IPE Saúde é mais um dos gigantescos fracassos deste governo. O maior deles, é a Renegociação da Dívida, que alertamos seria impagável. Pois agora, a própria Secretária da Fazenda confirma isso e busca desesperadamente uma nova negociação.
Outros fracassos acontecem na economia gaúcha, onde a indústria cresce para baixo, como cola de cavalo e o comércio que nem com Dia das Mães ou dos Namorados, sai da estagnação. O Rio Grande encolhe a olhos vistos.
Ora, os salários dos servidores que sempre contribuíram para o crescimento econômico, perderam mais de 60% do poder de compra. Poucos tem o nome limpo para comprar no crédito.
Agora, com este projeto “inédito“ onde os de menor salário vão pagar mais do que os de maiores, sem qualquer reajuste, o estopim vai estourar.
Será este o Rio Grande das “façanhas“ que o futuro candidato a Presidente vai mostrar ao Brasil?
Será que os deputados estaduais irão se associar a este projeto mal cheiroso que vai oficializar o confisco salarial?
Sérgio Arnoud - presidente da Fessergs e da CSB RS
Artigo do presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud, sobre o IPE Saúde, em 20/06, no Jornal Correio do Povo.
POLÍTICO JOGA COM O VOTO EM TODAS AS SITUAÇÕES
Político vive de voto.
Há alguns anos, está em curso um processo de desmoralização do servidor público, nas três esferas.
Nesse contexto, o servidor é apontado como o culpado pelas crises econômicas. É o que tem privilégios e regalias. Assim, foram tirando históricas garantias do servidor, conquistadas a duras penas.
Paralelamente, e não menos avassalador, foi-se minando o sistema sindical: acabaram com o imposto sindical, que era a principal (se não única) fonte de custeio, aniquilaram com a licença classista, enfim, procuraram diminuir a pedra no sapato, último foco de resistência. Vejamos ontem: promoveram a votação de um PLC inconstitucional e cheio de armadilhas, que simplesmente destrói o IPE SAÚDE, preparando para a sua venda a algum plano de saúde que certamente já está em negociação.
E pior: sob o pretexto de falta de segurança, proibiram a entrada dos servidores. Isso tudo é aceito e até aplaudido pela ampla maioria dos gaúchos, pq é contra os "privilegiados" servidores. Ao final das contas, esses deputados que disseram SIM, ainda irão ganhar muitos votos de seus eleitores.
Perdão pelo desabafo!
Júlio César Lopes Pereira
Presidente - Fórum Permanente em Defesa do IPE SAÚDE