Leite negligenciou IPE Saúde

Leite negligenciou IPE Saúde

Governo Leite negligenciou IPE Saúde e agora corre contra o tempo 

Ameaça de hospitais privados e filantrópicos de romper contratos deixa mais de 1 milhão de segurados em risco de ficar sem assistência 

20/03/2022

 

ameaça de hospitais filantrópicos e privados de romper os contratos com o IPE Saúde só surpreende quem não prestou atenção no rumo que a crise estava tomando. Sobraram alertas nos últimos meses de que os prestadores de serviços estavam cansados dos atrasos e da defasagem na remuneração. 

Médicos se descredenciaram, outros reduziram o número consultas, outros ainda pararam de aceitar novos pacientes com convênio do IPE Saúde. O governo fez ouvidos de mercador ou comprou a versão de que soluções estavam sendo encaminhadas, quando a realidade era outra. 

O problema do IPE Saúde é estrutural. As dificuldades vêm de antes da pandemia, mas se agravaram com o aumento das internações de pacientes da covid-19 em leitos clínicos e de UTI, que significou um salto nos custos. É importante resgatar o histórico de dificuldades, identificar os responsáveis, mapear as ações e omissões para buscar uma solução que atenda aos legítimos interesses dos servidores públicos ativos, inativos e pensionistas. 

Diferentes estudos mostram que o IPE Saúde é um plano inviável, a menos que o governo assuma que é preciso subsidiar os servidores que ganham menos. A solução apontada pelo estudo mais recente era antipática e o Piratini adiou a proposição por entender que era politicamente indefensável, em um quadro de salários congelados e, por isso, dificilmente passaria na Assembleia. Essa solução passaria pela cobrança de contribuição adicional por dependente. 

Hoje, a contribuição é calculada sobre o salário. Quanto menos a pessoa ganha, mais vantajoso se torna o plano, porque não importa se o servidor é sozinho ou tem quatro ou 10 dependentes legais, o valor é o mesmo. Outra ideia, o aumento do índice de contribuição também esbarraria na capacidade contributiva dos que ganham menos e ampliaria a evasão dos que ganham mais e podem trocar o IPE Saúde por um plano privado. Como a maioria dos salários está congelada há sete anos, a receita não cresce e a despesa não para de subir. 

A divisão do IPE Saúde e do IPE Previdência, no governo de José Ivo Sartori, foi uma tentativa de separar dois temas que têm vida própria, mas foi insuficiente. 

Na iminência da implosão no atendimento, um grupo e deputados estaduais, liderados pelo presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira, vai ao Piratini na terça-feira (22) discutir a crise com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos. 

A dívida com fornecedores passa de R$ 1,1 bilhão. 

ALIÁS

Candidatos ao Piratini que estão em fase de elaboração de seus planos de governo terão de dedicar um capítulo ao IPE Saúde. O plano tem cerca de 1 milhão de dependentes e é essencial para a vida dos servidores que ganham menos e contribuem para não depender exclusivamente do SUS.

 

https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/rosane-de-oliveira/noticia/2022/03/governo-leite-negligenciou-ipe-saude-e-agora-corre-contra-o-tempo-cl0ztkyy4003u017czn1nus61.html 

 

Deputados se reúnem na terça-feira com o Piratini para discutir crise do IPE Saúde

Encontro foi articulado pelo presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira

18/03/2022

Um grupo de deputados estaduais irá até o Palácio Piratini na próxima terça-feira (22) para discutir a crise do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (IPE Saúde). A reunião foi articulada pelo presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira. 

Além de Valdeci, participarão da conversa o líder do governo, Frederico Antunes (PP), e os líderes de bancadas do Legislativo. Eles serão recebidos pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, às 10h30min.

Na quarta-feira (16), duas entidades que reúnem os maiores hospitais gaúchos notificaram o IPE Saúde sobre a possibilidade de rescisão de contratos e suspensão de serviços aos usuários a partir do mês que vem. Os primeiros rompimentos podem ocorrer após 16 de abril. 

A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul e a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul reclamam de atrasos de pagamentos e de problemas de gestão no órgão estadual. 

A dívida do instituto com os hospitais gaúchos aproxima-se de R$ 1,1 bilhão

 —  Ficamos muito preocupados com isso. Já conversei por telefone com o presidente do IPE. Queremos saber o que de fato está ocorrendo e queremos ajudar para impedir que ocorram retrocessos. O IPE é uma instituição muito importante e nós temos que ajudar a garantir suas condições de funcionamento e atendimento - disse Valdeci. 

https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/rosane-de-oliveira/noticia/2022/03/deputados-se-reunem-na-terca-feira-com-o-piratini-para-discutir-crise-do-ipe-saude-cl0wulyx000aq0165vald4q3d.html 

 

Dívida do IPE Saúde com hospitais gaúchos passa de R$ 1 bilhão

Reunião entre representantes do plano de saúde e instituições discute solução para o impasse

FRANCINE SILVA

A dívida do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado (IPE Saúde) com os hospitais gaúchos aproxima-se de R$ 1,1 bilhão. A cifra foi informada pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul e confirmada pelo instituto à reportagem de GZH nesta sexta-feira (18).

Nesta semana, a entidade que representa as Santas Casas juntamente com a Federação dos Hospitais do Rio Grande do Sul (Fehosul) trouxeram a público o risco de uma rescisão de contratos e suspensão de serviços aos usuários do plano devido à falta de pagamento. Um documento foi protocolado na sede do IPE Saúde e na Casa Civil na quarta-feira (16). Os primeiros rompimentos podem ocorrer após 16 de abril.

De acordo com as entidades, os hospitais recebiam o pagamento dos procedimentos em 30 dias até junho de 2018. No entanto, a partir do segundo semestre daquele ano, o repasse começou a ser pago em 60 dias, 90 dias e, hoje, chega a 110 dias. Já as contas ambulatoriais estão em atraso há seis meses.  

Diante do impasse e do risco de deixar quase 1 milhão de gaúchos, assegurados pelo IPE Saúde, sem atendimento hospitalar, uma reunião está em andamento nesta sexta-feira. Participam representantes dos hospitais e do IPE Saúde.  

André Lagemann, superintendente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, afirma que, até agora, de maneira geral, não houve prejuízo a pacientes, com suspensão de atendimentos, mas ele define o estágio da crise como "muito crítico", o pior dos últimos três anos.  

 — É um dos momentos mais delicados na história com o instituto — avalia Lagemann. 

Após a reunião desta sexta, as entidades concordaram em agendar um novo encontro para a próxima semana. Desta vez, a reunião terá a participação de técnicos das Federações, Hospitais e Ipe.

 

https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2022/03/divida-do-ipe-saude-com-hospitais-gauchos-passa-de-r-1-bilhao-cl0wpqero007d017cu5pvfwj3.html 




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