Luta contra o projeto de devastação da educação
Último Conselho Geral do ano reforça a luta contra o projeto de devastação da educação pública imposto por Eduardo Leite
Em um ano de intensas mobilizações e muita luta em defesa dos direitos da categoria e da educação pública estadual, o Conselho Geral do CPERS, que congrega representantes dos 42 núcleos do Sindicato, se reuniu, em Porto Alegre, para o último encontro deste ano, nesta sexta-feira (08), na sede da entidade.
Organizar a mobilização contra o avassalador pacote de Eduardo Leite (PSDB) e preparar a luta para 2024 foram alguns dos destaques da pauta.
A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, abriu o Conselho agradecendo o empenho da categoria em mais um ano difícil, de muito enfrentamento contra o governo antidemocrático de Eduardo Leite (PSDB), que quer vender a educação pública estadual.
“Quero agradecer a entrega dos nossos conselheiros e representantes 1/1000 em mais um ano de muita luta. Infelizmente, precisaremos renovar as nossas energias para novamente enfrentar esse governo em 2024. Leite adotou a educação como inimiga e não possui sequer um plano de gestão para o estado. Esse mesmo governo vendeu grande parte do patrimônio do RS e, agora, quer aumentar impostos. Então, começo o nosso Conselho reforçando: Leite é o pior governador que esse estado já teve. Resistir é preciso!”, asseverou a presidente.
Helenir ainda destacou que a mobilização da próxima terça, marcada para as 13h30, em frente ao Palácio Piratini, é crucial para barrar estes projetos, que representam o fim da democracia nas instituições estaduais de ensino, aumentam o risco de demissões e desemprego e podem devastar o futuro da educação pública no estado.
“O Rio Grande do Sul está enfrentando uma praga e ela tem nome, é Eduardo Leite. Por isso, a mobilização e participação de todas é importantíssima para que possamos derrotar as políticas cruéis desse governo, que tanto mal faz para a educação”, finalizou.
Durante o Conselho, os presentes receberam informes sobre a situação do IPE Saúde e do IPE PREV, entre outros temas.
Confira abaixo o conjunto das deliberações aprovadas:
1 – Pressionar e denunciar o governo do Estado e a Assembleia Legislativa com a realização de Ato Estadual, no dia 12 de dezembro, na votação dos projetos que atacam a Educação Pública do RS;
2 – Organizar nos núcleos Comitês em Defesa do Povo Palestino;
3 – Exigir do governo do Estado a efetivação das matrículas dos alunos(as) de primeiros anos, recebidos em listas que foram organizadas nas escolas em todo o estado, reafirmando nossa luta contra o fechamento das escolas;
4 – Denunciar a farsa do Ensino Integral promovida pelo governo do Estado com a elaboração de um dossiê, elaborado através de uma instância de acompanhamento das escolas e destacar a relevância do Ensino Integral nas instituições de ensino, cobrando do governo ações que proporcionam a efetiva execução da Educação Integral, pois muitas escolas enfrentam limitações para abranger todas as demandas;
5 – Fortalecer, nas instituições de ensino, a resistência ao assédio moral realizado por algumas direções e, principalmente, pelos tutores pedagógicos em relação aos professores e funcionários escolares;
6 – Outdoor nas estradas gaúchas e cartazes nas escolas com o objetivo de destruir a imagem do governador;
7 – Denunciar o governo Leite (PSDB) pela demora de 6 meses para emissão de declaração por tempo de serviço no Estado do RS de contratados que estão encaminhando aposentadoria;
8 – Não aceitamos a abertura de sindicâncias através de denúncias anônimas, que estão sendo utilizadas como forma de perseguição de professoras(es) e funcionárias(os) das escolas;
9 – Ampla divulgação nas mídias dos nomes e partidos dos deputados federais gaúchos que votaram contra o projeto de lei que instituiu como feriado o Dia 20 de novembro/Dia da Consciência Negra;
10 – Denunciar e dar visibilidade na mídia o alto índice de adoecimento das(os) trabalhadoras(es) da educação;
11 – Moção de repúdio contra o prefeito Diego Francisco (PSDB), de Estância Velha, que tem buscado aprovar um projeto de lei na Câmara de Vereadores que impacta negativamente no plano de carreira dos/as professores/as e intensifica sua postura antissindical para silenciar servidores/as, restringindo as licenças sindicais e impedindo o desconto das mensalidades do SIMEV;
12 – Fazer o levantamento de quantos professores e funcionários PCD’s temos nas escolas do RS;
13 – Denunciar a recuperação da frequência dos alunos(as) através de trabalhos presenciais ou a distância. A frequência deve ser com os estudantes em sala de aula;
14 – Apresentar, no primeiro conselho geral de 2024, uma sistematização do programa de educação que será defendido pelo CPERS. Essa sistematização será feita com a colaboração de representantes de todas as forças políticas que compõem o Conselho Geral.
Porto Alegre, 08 de dezembro de 2023.
Conselho Geral do CPERS/Sindicato
FONTE: