MEC propõe aumento de carga horária

MEC propõe aumento de carga horária

Novo ensino médio: MEC não revoga e propõe aumento de carga horária geral

Após a consulta pública, pasta sugere redução na oferta de itinerários formativos, rejeita EAD e indica que Enem 2024 seguirá a formação geral básica. Documento terá ainda outra escuta para depois ser enviado ao Congresso

 

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta segunda, 7, o sumário com os principais resultados da consulta pública para Avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio. O documento não sugere a revogação do novo ensino médio, mas aponta mudanças.

O MEC propõe ampliar o tempo mínimo destinado ao currículo obrigatório (como matemática, português, história e geografia), passando de 1.800 horas para 2.400 horas. Com isso, o currículo de formação geral ganhará um aumento de 20%. Já os cursos técnicos podem oferecer 2.200 mil horas.

Além da diminuição de carga horária, a oferta de itinerários formativos que tinha cinco eixos de escolha foi reduzida para três: Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza; Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais; Formação Técnica e Profissional. 

Outra mudança indicada no documento é a rejeição da educação a distância (EAD), com exceção do ensino técnico. Além disso, o Enem de 2023 e 2024 se mantém estruturado de acordo com a formação geral básica, sendo proposto o debate com a sociedade sobre o seu formato para os anos seguintes, no contexto da elaboração do novo Plano Nacional de Educação (PNE). 

Consulta pública

A consulta pública procurou ouvir a comunidade escolar (estudantes, educadores e gestores) e especialistas da área educacional e realizou audiências públicas com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Conselho Nacional de Educação (CNE), além de outras entidades, coletando dados entre 9 de março e 6 de julho. O sumário foi divulgado por meio de uma coletiva de imprensa conduzida pelo Ministro da Educação, Camilo Santana, na Sala de Atos do MEC, em Brasília.

novo ensino médio
Ministro da Educação apresenta sumário com os principais resultados da consulta pública
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

Organização e seguimento do documento

O documento está dividido em 12 núcleos: carga horária, organização curricular, exame nacional do ensino médio (Enem), equidade educacional, direitos humanos e participação democrática dos estudantes, educação a distância (EAD), infraestrutura, educação profissional e tecnológica (EPT), formação e valorização dos professores, políticas de permanência, tempo integral, avaliação, e papel do MEC. 

Para que as mudanças propostas sejam implementadas, o documento será encaminhado para apreciação do setor educacional e dos órgãos normativos, de modo que, até 21 de agosto, possam enviar suas considerações para o MEC consolidar as propostas na versão final do relatório, que será enviado para apreciação do Congresso Nacional.

Durante a coletiva, o ministro destacou a importância da construção de uma política pública que seja participativa.  

“Nós não queremos construir nada sem diálogo, por isso queremos elaborar um documento com consenso em relação ao aperfeiçoamento e às mudanças necessárias para melhorar a qualidade da educação do ensino médio no Brasil”, disse o ministro Camilo Santana.

Clique aqui para acessar o sumário do documento Avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio.

 

FONTE:

https://revistaeducacao.com.br/2023/08/09/novo-ensino-medio-mec/?fbclid=IwAR3LYCXQAzygjAzPPBs03S-BYQFrDeKtfA3LQc48mlaptxCImn_ThXC3EIY 




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