Medo do Comunismo

Medo do Comunismo

 

 

O povo vive com medo do comunismo. A palavra virou um espantalho. Basta alguém gritar “comunismo” que muita gente já entra em pânico, achando que no dia seguinte vai faltar comida, igreja vai fechar e todo mundo vai virar escravo do Estado. O medo é repetido tantas vezes que vira verdade para quem nunca parou para olhar a história com calma.

Mas quase ninguém faz a pergunta mais incômoda de todas: e se entrar uma ditadura?

Porque ditadura não chega avisando. Ela não anuncia que vai tirar direitos. Ela entra prometendo ordem, segurança, moral e controle. Diz que vai proteger o povo. E quando o povo percebe, já não pode mais falar, reclamar, discordar ou questionar nada.

Regimes comunistas autoritários deixaram um rastro pesado de violência estatal. Não foi só censura ou perseguição política. Houve controle forçado da produção de alimentos, retirada de bens, deslocamentos obrigatórios, prisões sem julgamento e punições coletivas. Decisões do Estado provocaram escassez, fome e sofrimento em massa. Quem discorda perde o trabalho, a liberdade, a dignidade e, em muitos casos, a própria vida. O medo vira ferramenta de governo.

Ditaduras também praticaram violências profundas. Não foi só contra políticos ou jornalistas. Pessoas comuns foram vigiadas, presas sem explicação, arrancadas de casa, mantidas em locais clandestinos, submetidas a agressões físicas e psicológicas e silenciadas à força. Famílias ficaram anos sem respostas. O Estado passou a decidir quem era suspeito, quem podia circular, quem podia falar e quem devia desaparecer do convívio social.

Nos dois casos, a violência não começa de uma vez. Ela avança devagar. Primeiro vem a intimidação. Depois o medo de falar em público. Em seguida o medo de falar dentro de casa. A desconfiança se espalha. O silêncio vira regra. A obediência vira condição para seguir vivendo sem punição.

O comunismo autoritário se caracteriza pelo controle total do Estado sobre a vida das pessoas: produção, trabalho, circulação, expressão e crença.

A ditadura se caracteriza pela concentração absoluta de poder, suspensão de direitos, uso permanente da força e eliminação de qualquer limite ao governo.

O problema não é o nome do regime. É o poder sem freio. É quando o Estado deixa de servir e passa a mandar. A liberdade não acaba de uma vez. Ela vai sendo retirada aos poucos, enquanto o povo acredita que está sendo protegido.

Quem escolhe temer apenas um extremo e ignora o outro não aprendeu com a história. Quando a liberdade acaba, não importa a bandeira. O sofrimento é sempre o mesmo.

Fontes históricas e documentais:

– Comissão Nacional da Verdade (Brasil)

– Relatórios da ONU sobre direitos humanos

– Anistia Internacional

– Human Rights Watch

– Eric Hobsbawm, Era dos Extremos

– Orlando Figes, estudos sobre a União Soviética

– Documentação histórica sobre regimes autoritários e violência estatal no século XX

 

FONTE:

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