Menor índice de escolaridade
35% dos brasileiros com mais de 14 anos não completaram o ensino fundamental, aponta IBGE
As regiões com menor índice de escolaridade são Norte e Nordeste.
Por Elida Oliveira, G1 16/05/2019
As regiões com menor índice de escolaridade são Norte e Nordeste.
O Brasil tem 35% de pessoas em idade de trabalhar que não concluíram o ensino fundamental. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do primeiro trimestre de 2019.
O ensino fundamental é a segunda etapa da educação básica, voltada à população de 6 a 14 anos, e dura nove anos.
Norte e Nordeste são as regiões com menor índice de escolaridade, ou seja, mais pessoas não concluíram esta etapa de ensino nesta parte do país.
No Norte, 44,1% daqueles com mais de 14 anos não tinham terminado o ensino fundamental. No Nordeste, o índice é de 38,7%.
A região Sudeste é a que concentra maior índice de acesso aos estudos: 29,2% dos brasileiros com mais de 14 anos não tinham concluíram o ensino fundamental, seguida por Centro-Oeste (33,5%) e Sul (34%).
Falta de acesso ao ensino fundamental
Brasileiros com mais de 14 anos que não terminaram a primeira etapa de estudo
Fonte: IBGE
Ocupação e escolaridade
Os dados ainda apontam que 48% de todos os brasileiros com idade acima de 14 anos no primeiro trimestre de 2019 concluíram ao menos o ensino médio.
Entre a população empregada, a maior parte (60,3%) tinham concluído pelo menos o ensino médio, 20,7% tinham o nível superior e 25% apenas o nível fundamental.
Desemprego
A baixa escolaridade pode afetar as chances de emprego do brasileiro. Os dados do IBGE indicam que 5,2 milhões de desempregados procuram trabalho há mais de 1 ano. O desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da federação no 1º trimestre. As maiores taxas de desemprego foram observadas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%), e a menores, em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas ficaram em 13,5% e 15,3%, respectivamente.