Meta para receitar kit Covid
Médicos da Prevent Senior tinham meta para receitar kit Covid e até enfermeiros assinavam prontuário
A jornalista Chloé Pinheiro, da Veja, denunciou que a Prevent Senior chegou a colocar falsos pacientes para espionar os médicos e ver se eles estavam realmente prescrevendo a hidroxicloroquina. “O clima era de tensão e autoritarismo”, destacou
(Foto: Agência Pará | Prevent Senior/Divulgação)
A jornalista Chloé Pinheiro, da Veja, informou, no Twitter, que médicos da rede Prevent Senior, alvo da CPI da Covid no Senado, tinham meta para receitar kit Covid. “A história da Prevent Senior é muito escabrosa, nível Mengele mesmo”, escreveu na rede social, nesta quinta-feira, 16.
A jornalista informa que conversou com um dos médicos demitidos pela empresa, que teria contado “para além das mortes no ‘estudo’ da cloroquina”, em que o plano de saúde Prevent Senior ocultou mortes de participantes de um estudo realizado para testar a eficácia da hidroxicloroquina, associada à azitromicina, com o objetivo de tratar a Covid-19.
“Os coordenadores acompanhavam as prescrições do kit Covid, como num esquema de meta a ser batida numa loja. Quando o médico prescrevia menos ou não prescrevia, era chamado para conversar e pressionado a mudar de conduta”, informou.
Segundo ela, o médico declarou que “a regra era, 'espirrou no PS, entrega o kit".
Os coordenadores acompanhavam as prescrições do kit Covid, como num esquema de meta a ser batida numa loja. Quando o médico prescrevia menos ou não prescrevia, era chamado para conversar e pressionado a mudar de conduta. "A regra era, 'espirrou no PS, entrega o kit"
“Depois de um tempo, se espalhou entre os profissionais o boato de que a própria Prevent estava enviando pacientes falsos ao PS para checar a conduta dos médicos. O clima era de tensão e autoritarismo”, destacou a jornalista.
Confira a denúncia da jornalista
Depois de um tempo, se espalhou entre os profissionais o boato de que a própria Prevent estava enviando pacientes falsos ao PS para checar a conduta dos médicos. O clima era de tensão e autoritarismo.
Como relata a reportagem da @GloboNews, quem entrava lá c/ sintomas recebia uma polifarmácia, inclusive com uso de remédios e terapias experimentais, como a ozonioterapia. Até heparina inalatória era administrada nas enfermarias. https://t.co/EHDLssHSFy
— Chloé Pinheiro (@chloepinheiro) September 16, 2021