Metade dos professores são estáveis
Apenas 55% dos professores das redes estaduais são estáveis, aponta levantamento
Pesquisa foi realizada Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
Por Gustavo Silva — Rio de Janeiro
Apenas 55% dos professores das redes estaduais são estáveis, aponta levantamento
— Foto: Arquivo
Docentes estáveis representam cerca de 55% dos profissionais ativos nas redes de ensino estaduais do Brasil, aponta pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A grande maioria dos estados não chegou a alcançar 70% na taxa de docentes estáveis na ativa. Os dados são referentes ao ano de 2021, última atualização das estatísticas.
O levantamento também destaca que, das cinco regiões do país, o Centro-Oeste detém o menor número de profissionais estáveis, com 47,4%. Entre as unidades da região, o estado de Goiás tem a maior taxa dos profissionais estáveis, com 60,7%; contra os 34,9% do Mato Grosso do Sul, com a menor estabilidade profissional.
Rosilene Corrêa, secretária de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), afirma que os resultados demonstram "efeitos das políticas de enfraquecimento do Estado", como as reformas administrativas e ausência de concursos públicos nos últimos anos.
– O quadro de educadores é suprido apenas pelas contratações temporárias, quando não há concursos. O que é conveniente para os governantes do ponto de vista econômico, já que os professores acabam tendo o contrato encerrado dentro de dois anos – disse.
Segundo a CNTE, o déficit no número de funcionários públicos por carreira na Educação afeta o Plano Nacional de Educação. Um desses tópicos é a meta 18, que estabelece a ocupação de 90% de magistrados em cargos efetivos nas escolas nas quais estão vinculados.
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