Mulheres na política

Mulheres na política

MULHERES NA POLÍTICA

Lúcia Beatriz Bardo Rosa

 

A população mundial é governada por homens no percentual de 92%. No Brasil, as mulheres representam, hoje, 52% da população brasileira, enquanto que a participação da mulher na política está em torno de 15%.

A fim de incentivar a participação da mulher na política, desde 2009, por lei, 30% dos recursos de campanha devem ser gastos com candidaturas femininas, além de disciplinar o tempo eleitoral nos meios de comunicação. O fato de existir lei que incentive a participação da mulher politicamente é uma conquista, naturalmente, por meio de batalhas. É um começo, mas não reflete o tamanho e a força da população feminina, além de serem constatados problemas com a aplicação desses recursos eleitorais, como tem sido noticiado na imprensa.  

É possível pensar que se as mulheres são 52% da população e o fundo eleitoral (que em 2020 é de 2,03 bilhões) é composto de dotação orçamentária da União, resultados de impostos, talvez a população feminina já esteja financiando em maior grau a política. Isso dá outro sentido a tudo! Financiar, majoritariamente, o processo eleitoral sem ser protagonista? Sem ter se quer 50% dos recursos? Há justiça ou equidade nesse sistema? A quem está servindo? Há possibilidade de mudança real e em curto espaço de tempo na participação feminina e na distribuição de postos de comando entre homens e mulheres?

Os números da participação política das mulheres são importantes. Segundo dados de 2019, dos 513 deputados, apenas 77 são mulheres. Das 20 mulheres que concorreram ao governo dos estados, apenas uma foi eleita. O país onde há maior participação da mulher na política é a Nova Zelândia, lá também é o lugar onde as mulheres conseguiram direito ao voto mais rapidamente e onde o salário dos educadores tem patamares justos. Segundo dados existentes, a continuarem os números atuais, chegaremos ao mesmo número de homens na política em 2065. A roda do tempo é tão demorada em certos casos e em outros a noite se faz dia para aligeirar fatos.

A elevação da participação da mulher na política deveria ser natural. Mas sabemos que, historicamente, os postos de comando não pertencem ao feminino. Essa participação precisa se elevar. Mas, não basta ser mulher! É preciso ser protagonista, ver o mundo a partir da ótica feminina, se mover com ideias próprias, parar de ajudar a construir o mundo masculino (dos 92%). A sua participação precisa resultar na mudança de paradigmas, ajudar a construir 50%, pelo menos, de mundo feminino. Isso constrói sociedade igualitária, com direitos e oportunidades para homens e mulheres.  👩

 

https://dellucia.blogspot.com/2020/10/mulheresna-politica-apopulacao-mundial.html 




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