Não há inconsistência nas urnas
'Ministério da Defesa não apontou inconsistência nas urnas', diz Moraes após ter acesso a relatório
O presidente do TSE confirmou ter recebido um documento questionando as urnas, mas reforçou que não houve provas de possíveis falhas no sistema eleitoral
"Assim como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022", escreveu Moraes.
Nos últimos anos, Jair Bolsonaro (PL) tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. Ele também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição. Membros de partidos oposicionistas denunciaram publicamente a possibilidade de haver tentativa de golpe.
No dia 30 de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito com 50,9% (60 milhões) dos votos válidos no segundo turno, contra 49,1% (58 milhões) de Bolsonaro.
Lula
Após encontro com ministros do Supremo Tribunal Federal, o petista disse nesta quarta-feira (9) a jornalistas que é necessário harmonia entre os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Lula fez críticas à maneira como Bolsonaro tratou as instituições brasileiras durante o governo.
Relatórios do TCU e da OAB reafirmam lisura das eleições
Análises dos boletins de urnas do segundo turno pelo TCU e Conselho Federal da OAB concluem que eleições foram limpas, transparentes e seguras
Por Gilson Camargo / Publicado em 9 de novembro de 2022
A lisura das eleições foi questionada pelo presidente da República e candidato derrotado à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e vem motivando manifestações antidemocráticas dos setores mais delirantes da extrema direita.
De acordo com informações divulgadas pelo Tribunal, nenhuma divergência foi encontrada pelos técnicos do órgão nos 604 boletins analisados com base nas informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O boletim é impresso pelos mesários após o encerramento da votação e afixado na porta da seção eleitoral. O documento contém o número de votos por candidato, nulos, brancos e dados sobre o equipamento de votação.
O relatório com as informações consolidadas será anexado ao processo que trata da auditoria das eleições, iniciada em 2021, em conjunto com a Justiça Eleitoral. O resultado final está previsto para o início de 2023.
De acordo com o TCU, sua atuação no trabalho de auditoria das urnas objetiva garantir a confiabilidade das informações públicas repassadas à sociedade. O Tribunal também faz parte da comissão de transparência das eleições, grupo que é presidido pelo TSE.
Em julho, antes das eleições, o TCU concluiu que o sistema eletrônico de votação do Brasil é seguro e que não havia riscos relevantes para a realização do pleito.
OAB destaca soberania do voto popular urnas
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, recebeu do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), José Alberto Simonetti, ofício acerca do relatório final elaborado pela entidade sobre as Eleições Gerais de 2022. O documento foi produzido pela Comissão Especial de Direito Eleitoral da Ordem e reforça a confiança da entidade no sistema eletrônico de votação.
No ofício entregue ao ministro, Simonetti afirmou que, após a análise dos relatórios feitos pelas Comissões de Direito Eleitoral distribuídas em todo o país, a instituição concluiu que não houve suspeita de irregularidade na votação.
“Evidenciou-se, ao contrário, a postura transparente da Justiça Eleitoral na preservação da lisura e da segurança”, escreveu o presidente do Conselho Federal da OAB.
Além de ser uma das entidades legitimadas pela Resolução TSE nº 23.673 a fiscalizar o processo eleitoral brasileiro, a OAB participou ativamente de diversas iniciativas instituídas pela Corte Eleitoral, como o Programa de Enfrentamento à Desinformação, a Comissão de Transparência das Eleições (CTE), o Observatório de Transparência das Eleições (OTE) e o Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação (TPS).
O papel da OAB como entidade fiscalizadora foi outro ponto destacado pelo presidente do CFOAB no relatório entregue ao presidente do Tribunal.
Ele ressaltou que a OAB Nacional acompanhou a totalização dos votos no primeiro e no segundo turno presencialmente, no Centro de Divulgação das Eleições (CDE/TSE), ocasião em que atestou a confiabilidade e a integridade das urnas eletrônicas.
“A efetividade e o respeito à soberania do voto popular foram alcançados com maestria. Desse modo, este Conselho Federal da OAB reafirma, seguramente, que o Brasil presenciou eleições limpas, transparentes e seguras”, concluiu Simonetti.
Com informações do TSE, TCU e Agência Brasil.
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