Não vai ter golpe!
Por Basílio Carneiro: Não vai ter golpe! - parte I.
E o capim do Planalto? O gado comeu!
Set 6, 2021
Foto: Reprodução
O Brasil vai amanhecer o dia 8 de setembro funcionando normalmente. Comércio, bancos, indústrias, órgãos públicos...
Órgãos públicos? Sim. Entre eles a Câmara dos Deputados, o Senado e o Supremo Tribunal Federal. Nada mudará.
O amanhecer só será diferente para quem insiste na proposta de fechamento das instituições democráticas. Para esses, o Brasil estará fechado no amanhecer do dia 8, como há muito já está para Sara Winter, Daniel Silveira, Oswaldo Eustáquio, Bob Jefferson, Wellington Macedo, Zé Trovão...
O parlamento e a justiça são a certeza do equilíbrio para ajustes de medidas autoritárias, como por demais provado no governo Bolsonaro. Os ataques do bolsonarismo aos demais poderes da República são a prova inequívoca de que a democracia vem ganhando a batalha. Já imaginaram o Brasil sem o Supremo e o Congresso?
A normalidade democrática precisa avançar e avançará para cumprir com um de seus papéis fundamentais que é facultar ao tecido social o direito sagrado à informação. E informação não é ‘fake news’. Informação é verdade.
Entre as verdades que o Brasil pós 7 de setembro precisa saber é a de que é governado por um presidente pretenso ditador, pai de quatro filhos enlameados em denúncias de corrupção, componentes de milícias responsáveis por crimes vários, entre assassinatos, tráfico de drogas e outras modalidades do cardápio do crime organizado.
Ah, ao Brasil pós 7 de setembro também se revelará que o pai dos quatro meninos anda bem junto das suas peraltices, conforme vem aos poucos sendo desvendado pela CPI da Pandemia, no Senado da República.
O dia 7 de setembro será um desfile de frustração e decepção para os fascistas.
Não, não vai ter golpe!
"Agora mesmo tô pulando que nem sapo
Sem saber como é que faço da cantiga que vou dar
Oi, desenrola, desenrola, carreté'
Quem tá morto tá deitado, e quem tá vivo tá em pé"
Paulo Diniz
Não vai ter golpe! - parte II: E o capim do Planalto? O gado comeu!
Foto: Reprodução
À medida que a eleição de 2022 se aproxima, Bolsonaro aposta em um movimento que não tem outro objetivo a não ser o de interromper as investigações de crimes e escândalos praticados por sua família e parentes, que vão desde o sistema de rachadinhas existentes nos gabinetes do clã, envolvimento com milícias, crimes de peculato praticados por políticos, ministros e pessoas contratadas para cargos de confiança nos ministérios, até uma rede de disseminação de fake news que mantém o apoio e lavagem cerebral de seus eleitores fanáticos, analfabetos políticos.
Enquanto o chefe do Planalto vê cair o seu índice de aprovação e crescimento do índice de rejeição para a eleição de 2022, aumenta a aposta no movimento que sempre norteou a base ideológica do seu governo, que o ajudou a se eleger e, na mesma esteira, elegeu políticos de extrema direita, que aposta no fechamento do Congresso e do STF.
Com a violação da soberania nacional, diante de uma conturbada relação entre os poderes, o presidente pede, nas suas manifestações, uma intervenção militar para fechamento das instituições democráticas, o que é defeso nas interpretações constitucionais, por não se tratar de um poder moderador.
Diante das ameaças de golpe, “o Supremo Tribunal Federal traça seu plano de atuação e adota medidas para enfrentar os excessos que possam ser praticados no dia 7 de setembro”, de acordo com fontes da Reuters.
“Os pilares de sustentação do plano vão desde responsabilização penal, com punições e até prisões, para quem financiar ou se envolver em atos de violência ou defender pautas antidemocráticas, como o fechamento do STF.
“A segunda é a garantia da integridade dos Ministros do STF e do prédio do Supremo, localizado na Praça dos Três Poderes, onde Bolsonaro deverá participar de atos na manhã do feriado de terça-feira.
"O Ministro Ricardo Lewandowski escreveu um artigo para o jornal Folha de São Paulo em que destacou serem crimes imprescritíveis e inafiançáveis a ação de grupos armados, civis ou militares contra a ordem constitucional e a democracia”, conclui o texto.
Com o manifesto de apoio dos bancos defendendo a harmonia entre os três poderes, com a adesão de entidades representativas do setor produtivo, resta clara a preocupação com a serenidade por parte de todos, pacificação política, estabilidade institucional e foco em ações e medidas urgentes para que o Brasil supere a pandemia e possa reduzir as carências sociais.
Diante de todos os fatos e argumentos, o fim deste governo se faz necessário e há de prevalecer.
Teremos que conviver com bolsonaristas, emedebistas, peessedebistas, assim como demais simpatizantes dos demais partidos, como manda a ordem democrática, até que todos se conscientizem que o fim da desigualdade social é uma meta a ser atingida.
"Agora mesmo tô pulando que nem sapo
Sem saber como é que faço da cantiga que vou dar
Oi, desenrola, desenrola, carreté'
Quem tá morto tá deitado, e quem tá vivo tá em pé"
Paulo Diniz
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