Necessidade de regras ambientais na reconstrução
Conselheiro do Tribunal de Contas do RS enfatiza necessidade de regras ambientais na reconstrução pós-tragédia
Estilac Xavier destaca importância de critérios ambientais para uso de recursos públicos na recuperação do Rio Grande do Sul
Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, Estilac Xavier, expressou preocupação e apontou responsabilidades após a tragédia que atingiu o estado.
"Vim a São Paulo para uma agenda dos tribunais de contas e quando voltar ao Rio Grande do Sul, não vou encontrar mais o meu estado. Essa é a minha sensação", afirmou Xavier.
O conselheiro destacou a dimensão desumana da catástrofe, que impactou e em parte destruiu três cidades: Porto Alegre, Canoas e Eldorado do Sul. Segundo ele, "a dimensão dessa tragédia é desumana, e parece que o pior ainda não chegou. E é evidente que se trata de uma cadeia de responsabilidades".
Em suas declarações, Xavier ressaltou a necessidade de critérios de prevenção às catástrofes e manejo ambiental na reconstrução do estado. "No esforço de reconstrução do Rio Grande do Sul, deveremos exigir que o uso desses recursos - que são públicos - tenha critérios de prevenção às catástrofes e de manejo ambiental".
Ele também enfatizou a importância de não tolerar os crimes ambientais. "É impossível manter a leniência com os crimes ambientais. O Rio Grande do Sul foi o berço das grandes legislações ambientais".
Xavier alertou para a necessidade de regras técnicas de observância da legislação ambiental na destinação dos recursos públicos destinados à reconstrução do estado. "Não é possível a República colocar bilhões do erário no Rio Grande do Sul sem ter regras técnicas de observância da legislação ambiental na reconstrução do estado".
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