Nova presidente do CNE
Conselho Nacional de Educação elege Maria Helena Guimarães como nova presidente
Socióloga e professora fazia parte da Câmara de Educação Básica do CNE. Ela já foi secretária-executiva do MEC e presidente do Inep. Agora, assume o cargo no lugar de Robson Maia Lins.
Por Elida Oliveira, G1
Maria Helena Guimarães de Castro, em imagem de arquivo, de 2018. — Foto: Rafael Monteiro/MEC/Divulgação
O Conselho Nacional de Educação (CNE) elegeu nesta terça-feira (6) a socióloga e professora Maria Helena Guimarães de Castro como presidente. A gestão terá duração de dois anos. Ela assume o cargo no lugar de Robson Maia Lins. A posse está prevista para esta quarta (7).
Maria Helena terá à frente os primeiros dois anos após a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia para formular e avaliar políticas nacionais de educação. O CNE é responsável por estas ações, e os pareceres precisam ser homologados pelo Ministério da Educação (MEC).
"Estou feliz, mas é uma grande responsabilidade", afirma Maria Helena em entrevista ao G1. "Como presidente, acredito que dará para fazermos um grande trabalho de mobilização para apoiar, do ponto de vista pedagógico, estados e municípios para a volta às aulas."
O conselho é composto por duas câmaras: a de educação básica e do ensino superior, cada uma com 12 conselheiros. A presidência do conselho é alternada entre representantes dos dois grupos.
Maria Helena Guimarães fazia parte da Câmara de Educação Básica. Ela já foi secretária-executiva do MEC, cargo considerado de número dois na pasta, durante a gestão de Mendonça Filho (2016 a 2018). No governo Fernando Henrique, ela atuou como presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelas avaliações de aprendizagem e também pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Neste ano, no CNE, Maria Helena foi relatora de pareceres relacionados à pandemia, como o que considerou as atividades não-presenciais como carga horária válida, outro que trata das atividades presenciais e não-presenciais para a volta às aulas, e ainda uma resolução sobre a validação do ano letivo de 2020 e 2021, em pauta para votação na tarde desta terça.
Maria Helena também citou que, nos próximos dois anos, terá "um trabalho grande" em relação às ações de formação de professores e também na implementação do novo ensino médio, que deverá ocorrer a partir de 2022.