O circo de horrores
O circo de horrores da Assembleia Legislativa do Paraná
Alep é o mesmo lugar em que estão perseguindo o deputado Renato Freitas (PT)
Há algo de errado nos legislativos brasileiros, dominados por castas familiares e interesses econômicos de latifundiários, banqueiros e outros lobbies. No plano federal, Lula, eleito num projeto progressista, tem de fazer concessões à direita e ao chamado centrão todos os dias.
No Paraná, governo estadual e de Curitiba aprovam qualquer projeto (mesmo os piores) sem nenhuma contestação por apoio ideológico ou simples clientelismo. Mas o que acontece na Assembleia Legislativa, neste momento, merece destaque.
O deputado Ricardo Arruda (PL) perdeu seu tempo apresentando projeto e 29 deputados se deram ao trabalho (?) de aprovar texto que transforma o ex-presidente Jair Bolsonaro em cidadão honorário do Paraná. Isso beneficia o paranaense em quê? Pelo menos uma criança se alimentou melhor, uma casa foi construída, um emprego gerado? Óbvio que não.
Além de irrelevâncias como essa, a Alep é o mesmo lugar em que estão perseguindo o deputado Renato Freitas (PT). Seu “crime”? Dizer que membros de uma igreja evangélica que estavam numa sessão eram hipócritas por fazerem manifestações contra aborto e ao mesmo tempo portarem bandeiras de Israel, país em que o aborto é permitido.
A partir daí o presidente da casa, Ademar Traiano, cortou seu microfone, bateu boca e entrou com o pedido de cassação. É para ser esse verdadeiro circo de horrores que existe a Alep?
Edição: Pedro Carrano
FONTE: