O novo normal na educação
O novo “normal” na educação: a sala de aula digital
Em artigo ao Metrópoles, Fausto Camargo conta como passamos a experimentar diversas ferramentas tecnológicas em nossas aulas
Em artigo publicado no início do ano aqui no Metrópoles, falamos da transformação digital e das tendências e desafios para a aprendizagem em 2021. Vivenciamos cada vez mais o uso de ferramentas virtuais no nosso cotidiano. Aprendemos novas formas de nos comunicarmos com uso de comunicadores instantâneos na palma das mãos; experimentamos mudanças na mobilidade, com aplicativos de carona; no entretenimento (streaming de filmes e de games)… Enfim, a internet conectou o mundo e trouxe inúmeras possibilidades.
Incorporamos diversos gadgets em nossas vidas, a tal ponto que se tornou natural o uso de diversos dispositivos e recursos tecnológicos, tais como comunicadores instantâneos, streaming de filmes, séries e games (na ponta do dedo), até o uso de bilhetes eletrônicos para embarque em aeroportos, entre tantos outros (não vamos ficar repetindo aqui).
Com a pandemia do Covid-19, passamos a experimentar diversas ferramentas tecnológicas em nossas aulas. A sala de aula se transformou, para muitos, passou a ser menos analógica e mais digital. No entanto, tornar a sala de aula digital vai muito além de usar recursos tecnológicos, é preciso mudar a cultura e o mindset. Ao introjetarmos a cultura digital em nossas aulas, independente se a sala de aula é física ou não, caminhamos em direção a sala de aula digital.
É preciso admitir que a transformação digital chegou à educação. E esta, leva a construção de novos sujeitos, conhecimentos, saberes, ou seja, ao desenvolvimento de competências, a partir de novos formatos de ensino e aprendizagem, integrando o físico ao digital, em um único espaço.
Com a sala de aula digital, são ampliadas as possibilidades de aprendizagem, “quebradas” as barreiras físicas, integradas em um único espaço imerso em recursos tecnológicos: a sala de aula digital. A aprendizagem pode ser otimizada ao combinar recursos físicos, virtuais e on-line, atendendo e se adaptando conforme a necessidade de cada estudante.
Por fim, a sala de aula digital não se restringe a simples incorporação de ferramentas tecnológicas ou a automatização de atividades de aprendizagem, ou, educativas. Mas, principalmente, se volta para uma mudança de cultura e de mindset no processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente, na maneira como professores e profissionais da educação, absorvem as transformações digitais na educação.
Fausto Camargo. Doutor. Professor. Possui experiência na implantação de Metodologias Ativas de Aprendizagem, Ensino Híbrido, Aprendizagem baseada em Projetos e em formação docente. Autor dos livros “A sala de aula digital: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo, on-line e híbrido”, e “A Sala de Aula Inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo”, publicados pela Ed. Penso.
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