O rato está rugindo

O rato está rugindo

O RATO ESTÁ RUGINDO

Vamos imaginar a cena:

O Brasil vive o período da Escravidão, na Economia. A força de trabalho principal é a força do ser humano. Até então, este recurso tem sido suficiente para fazer os meios de produção gerarem a maior parte das riquezas do País.

Entretanto, um fenômeno tecnológico muda o modo de produção na Europa e Estados Unidos, trazendo mais rapidez, maior volume e, consequentemente, mais dinheiro: A Revolução Industrial. A entrada das máquinas na produção aumenta substancialmente a quantidade de mercadorias várias vezes aquela proveniente da mão de obra escrava.

O caminho, para o Brasil, é óbvio: industrializar-se para ser mais competitivo.

Mas é aqui que a coisa começa a enroscar.

Menos produtivo, em escala, o regime escravista não tem condições próprias para reivindicar o posto de principal meio de produção. Seguindo a tendência mundial, surgem movimentos abolicionistas por aqui.

Como é fácil imaginar, os embates são violentos. Os donos de escravos resistem. Exigem compensações da coroa pela perda de suas "ferramentas" humanas. Outros, proprietários de escravos, que os alugam para garantir a "aposentadoria" , entram em pânico ante a perspectiva de ficarem com uma mão na frente e outra atrás.

O resultado da história já conhecemos.

Agora, vamos dar uma olhada no mundo atual.

No último meio século, aproximadamente, vimos surgir o fenômeno denominado Tigres Asiáticos. Em comum, os países que compõem este grupo tinham natureza agrícola e população empobrecida. Tal cenário foi revolucionado baseado em alguns fundamentos, como forte industrialização tecnológica, investimento em Educação e aumento da renda da população.

Assim, em menos de um século estes países decolaram da condição agrícola e pobre para a condição de potencias mundiais da Economia. O último exemplo é a China.

Agora, o Brasil. Os últimos cinquenta anos o Brasil tem vivido sob o regime Neoliberal e a financeirização da Economia. Iniciado com Collor, progressivamente o Neoliberalismo abandonou o parque industrial em favor da frenética troca-troca de dinheiro nos bancos e mercado financeiro. O país se endividou, tornou-se dependente dos investimentos externos a passou a aplicar cada vez menos nas áreas Produtivas e Sociais e passou a viver pressionado pelos juros altos para atrair os investidores.

Este é o mercado que hoje fica nervoso quando Lula fala em romper o teto dos gastos. Tal como os donos de escravos lá atrás, os atuais donos do capital não querem mudar a Economia.

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A DIREITA MÓRBIDA

Não sabemos se a Direita tornou-se risível ou cansativa.

Lula nem foi empossado e a imprensa porta-voz já está trombeteando tudo que pode e o que não pode ser criticado no Presidente eleito, da blusa da Janja ao jatinho para o COP27.

E quais as credenciais da Direita para assumir o bastião da Crítica? Um rombo de setecentos bi no teto dos gastos? Ou a fraude do Auxílio Brasil em favor de militares? O escândalo de um bi nas estradas ou a propina de um real por vacina comprada?

É com este currículo que os examinadores do futuro presidente se apresentam? Começamos mal.

Os que vivem afundados na lama tentam arrastar os adversários para o ambiente fétido em que vivem.

Enquanto isso, ficamos à espera das críticas inteligentes e construtivas, que não virão, porque para a imprensa somos burros.

Burrice acalentada por esta mesma imprensa com programas como do Datena e do Siquera Jr. com sua sede de sangue e violência.

Com críticas rasas que não trazem soluções.

Enfim, a Direita transformou-se naquilo que sempre quis ser: uma doença para o Brasil.

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A GRANDE TRAIÇÃO

Depois da Grande Traição das elites brasileiras ao PT, espera-se que agora elas tenham ganhado maturidade.

E porque grande traição? Lembremos que nunca bancos e empresários ganharam tanto dinheiro como durante a década dourada Petista. Lembremos dos grandes investimentos feitos nas Forças Armadas, que não tinham nem botas para calçar os militares quando Lula assumiu o governo. Nunca, também, o agronegócio ganhou tanto aproveitando a demanda mundial por commodities.

E apesar dos ventos favoráveis soprando forte à favor de seus interesses financeiros, os baronatos não resistiram à tentação de achar que podiam fazer melhor e, principalmente, que deviam escapar do comando de um Partido que havia surgido dentre as classes trabalhadoras. Era-lhes impossível assumirem que outro poderia ser mais competente do que eles, e, assim, abrir mão do exercício do poder para sempre ou por um bom tempo.

Ao reassumirem, novamente, estes mesmos baronatos trouxeram de volta os velhos vícios da concentração da renda e da corrupção, desta vez esgarçadas por um sentimento de impunidade inaudito.

É preciso estudar mais profundamente as ligações de Bolsonaro com movimentos e grupos externos que ganharam força com a eleição de Trump, nos Estados Unidos, ao qual o presidente entregou o corpo, a alma e o Brasil.

Também precisa de melhor entendimento a ligação da família presidencial com Israel e o Mossad, um parceiro do Brasil com laços discretos até então.

Que movimento ainda nebulosamente conhecido uniu o governo brasileiro a pessoas como Orbán na Hungria, e Zelensky na megacorrupta Ucrânia?

Estas questões não desaparecem com o simples afastamento do capitão da presidência.

Estes "parceiros" continuam vivos e operando nas sombras.

É preciso conhecê-los e barrar suas ações para que o Brasil não venha a ser vítima de outra Grande Traição.

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