O resultado da ganância
Pré-Olímpico: o resultado da ganância, é que no final você não ficará com nada
A obediência tem um preço, a desobediência também
Por Bruno Voloch Publicado em 4 de outubro de 2023
A ganância é o olho esquerdo, a ambição é o direito. Os dois olhos em ambas direções, um põe faísca, o outro cega.
O egoísmo, a ganância, ambição, ingratidão, falta de humildade e lealdade serão os próprios algozes dos envolvidos.
O sentimento de medo, mágoa, raiva, frustração, cobiça, culpa, incapacitação, desespero, ódio e inveja são os sentimentos que alimentam a atual gestão da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, liderada por Radamés Lattari, prostrado e incapaz, Bernardinho, o verdadeiro patrão e articulador político e Renan Dal Zotto, esse apenas um fantoche nas mãos dos dois.
O que o tempo e os resultados mostraram aos envolvidos pelo caos na seleção masculina diretamente fora de quadra é que a ganância te dá aquilo que você quer; a necessidade traz aquilo que você precisa; e o destino te dá o que você merece.
O Brasil mereceu.
E tinha gente que pensava que o fundo do poço havia sido a perda do sul-americano para a Argentina.
Não.
O Brasil não se cansa de colecionar vexames.
Só aqueles diretamente envolvidos na transmissão do evento, constrangidos, e os inocentes que insistem em ver de perto no Maracanãzinho, apoiam o abominável 'eu acredito'.
Hoje ninguém respeita o Brasil.
Se a República Tcheca passou perto na véspera, logo a Alemanha não teria problemas.
E olha que o time alemão foi nitidamente prejudicado pela arbitragem no primeiro set. Poderia ter vencido. Depois, naturalmente com a cabeça no lugar, confirmou o favoritismo e a vitória por 3 a 1.
A seleção brasileira é simplesmente o retrato de uma comissão técnica passiva, conivente com o sistema, ultrapassada, com asseclas (assistentes) despreparados, desatualizados e pendurados no pescoço do patrão.
Dá pena ver os pedidos de tempo.
É um mais perdido que o outro e os jogadores absolutamente vendidos sem qualquer ajuda.
O Senado, claro, se mantém de pé.
O capitão e líder continua intocável. A rotina de passar pelo banco, isso quando não termina os jogos por lá, não incomoda.
Imagina se o levantador soubesse que o ego é uma falsa ideia sobre quem somos.
Liderança às avessas.
Quando Lucão, apático de costume, termina como maior pontuador é sinal que está tudo errado.
Thales afina, recebe o castigo, mas tem lugar cativo. Maique, o melhor da geração, só entra na podre.
Lucarelli é o único que se salva, mas está esgotado fisicamente. Não consegue mais carregar o time nas costas.
Aliás, o que falar de uma seleção brasileira onde dois ponteiros em 4 sets ficam zerados?
Aqui tem.
Honorato nunca foi jogador de seleção. Nunca será. Só na cabeça de Renan.
Adriano tem potencial, mas sucumbiu diante de tanta mediocridade ao redor.
Flávio é esforçado, mas está na linha de Honorato. Não tem personalidade e desaparece nos momentos decisivos.
Darlan tem futuro, mas diferente do que é vendido pela mídia, não está (ainda) pronto para carregar tamanha responsabilidade.
Não é a idade, é o ambiente carregado.
O que está sendo colocado em prática no Pré-Olímpico é o resultado de um mês de treinamento, segundo eles dizem, em Saquarema.
A sórdida política exercida pelo trio Radamés Lattari, Bernardinho e Renan criou o próprio sistema em meio ao próprio caos, chancelou o Senado, pelos laços de família, e passa pela covardia, a ganância e o umbigo.
Mas a ganância é um vício como qualquer outro: destrói aos poucos
E a obediência tem um preço, a desobediência também
Enquanto isso, ponto da Rússia...
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