Outorga em Licenciatura Indígena
Primeira turma Yanomami recebe outorga em Licenciatura Indígena: Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável
Os Yanomami fazem parte do grupo de etnias que acessa a educação de nível superior de qualidade e diferenciada ofertada pela Ufam
Publicado em 20/09/2022
Foto: Carla Santos/Ascom Ufam
A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) formou, em agosto, 42 indígenas do grupo indígena Yanomami. Eles receberam o diploma de graduação do curso em Licenciatura Indígena: Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável. A cerimônia foi realizada no próprio território, aos pés do Pico da Neblina, o ponto mais elevado do Brasil, localizado em São Gabriel da Cachoeira (AM).
O fato é histórico e a partir de agora os yanomami fazem parte do grupo de etnias que acessa a educação de nível superior de qualidade e diferenciada que é ofertada pela Ufam. Além deles, os Baniwa, os Tukano e os de língua Yêgatu também concluíram o curso durante os meses de julho e agosto, e tiveram suas cerimônias de outorga de grau igualmente em terra indígena. Atualmente, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população Yanomami soma 38.000 pessoas, que estão organizadas em um número superior a 200 aldeias dentro de uma área de 9,6 milhões de hectares que avança pela Amazônia Legal.
Durante a solenidade de colação de grau, a Ufam recebeu das lideranças indígenas o pedido de fazer de Maturacá um polo, tal qual são os polos Baniwa, Tukano e Yêgatu (Baré). No mesmo documento, essas lideranças solicitaram à universidade cursos de EaD, que já são ofertados pelo Centro de Educação a Distância.
A Universidade Federal do Amazonas está em São Gabriel da Cachoeira desde a década de 1990, quando chegou ofertando o curso de Filosofia, seguido por outros cursos da área de humanas. Pouco mais de 30 anos depois, a universidade organizou e executou um inédito projeto de levar educação diferenciada à calha do Rio Negro.
Assessoria de Comunicação Social do MEC com informações da Ufam